Para que os Amados 
Irmãos possam analisar e meditar sobre suas ações filantrópicas, transcrevo a seguir os "Oito graus da Caridade", idealizados por Maimónides, filósofo 
israelita do século XII:
1. Na 
caridade existem oito graus. O primeiro, o mais baixo, é o que consiste em dar, 
porém, com má vontade. Esta é a dádiva da mão, nunca do 
coração;
2. O 
segundo é aquele em que se dá com prazer, não sendo a dádiva proporcional, 
entretanto, às necessidades daquele que sofre;
3. O 
terceiro, quando se dá de boa vontade e proporcionalmente às necessidades do 
pobre, quando se é solicitado para isso;
4. O 
quarto, quando se dá espontânea e proporcionalmente às necessidades do que 
sofre, entregando-lhe, porém, nas mãos e provocando por esse meio a dolorosa 
emoção da vergonha;
5. O 
quinto consiste em dar de forma tal que o humilde recebe a esmola e conheça seu 
benfeitor, sem que este chegue a conhecê-lo. Essa foi a conduta de nossos 
antepassados, que pregavam moedas nas extremidades de suas capas, onde o pobre 
"as" recolhia sem ser visto;
6. O 
sexto que é da mais alta significação moral, é aquele no qual se conhece a 
pessoa que recebe a esmola sem que esta conheça o doador. Esta foi a norma 
observada por aqueles que tinham o costume de levar seus donativos aos 
necessitados, tendo o cuidado de não se fazer conhecer;
7. O 
sétimo grau, ainda mais meritório, consiste em socorrer sem que o benfeitor seja 
conhecido do necessitado, sem que este o conheça, tal como ocorria durante a 
existência do Templo. Nesse lugar de devoção existia um lugar especial 
denominado esmoler. Em seu interior, as almas caritativas depositavam suas 
esmolas, indo os pobres recolhê-las com igual segredo;
8. 
Finalmente, o oitavo e mais meritório de todos, consiste em antecipar a 
caridade, evitando a pobreza, seja ajudando seu semelhante com uma boa concessão 
ou uma apreciável quantia, ou ensinando-lhe um ofício, de modo que possa ganhar 
a vida de maneira honesta, evitando a terrível necessidade de estender a mão à 
caridade pública. Este é o mais alto grau da escada de ouro da 
caridade.
Seja como for, do 
primeiro ao oitavo grau, o mais importante é praticar a caridade, se possível 
passando de um grau ao superior. É obrigação Martinista a pratica da 
benemerência, em qualquer grau.
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