terça-feira, 9 de outubro de 2012

CUIDADO COM A LÍNGUA

Existem dois tipos de agressões que podemos fazer ou sofrer: - a agressão direta e a indireta. Agressão direta é aquela realizada através de uma grosseria, um ato de estupidez, uma agressão física, uma ofensa moral, um ato de desonestidade, indiferença ou qualquer mal feito a alguém, claramente, visível por ambas as partes. São aquelas que nos lembramos e que às vezes até nos desculpamos com as pessoas. Enquanto que a agressão indireta é aquela que praticamos e que muitas vezes nem as consideramos como agressão, nem percebemos o que estamos fazendo na realidade. Trata-se de um tipo de agressão que causa mais estragos do que a chamada direta. Prejudica mais a vítima do que uma bofetada no rosto.
Mas afinal, que agressão é esta?
É a agressão de julgarmos as pessoas baseando-nos no que os outros dizem. Pois conforme todos sabem, mais de noventa por cento do que as pessoas nos falam sobre as outras diz respeito ao que não presta. São coisas ruins.
Podemos nos lembrar acaso, de alguém que tenha nos parado na rua ou nos telefonado para nos contar que conheceu alguém caridoso, que faz o bem às escondidas durante a noite? Ou de alguém que faça questão de nos contar que o marido da fulana é um homem digno e fiel? Ou um colega de trabalho chegar ao patrão e dizer-lhe que tal funcionário da firma é uma pessoa maravilhosa, que defende a empresa, que trata bem os clientes que é muito competente? Infelizmente noticiar o bem não dá IBOPE!
Quando noticiamos algo de bom, as pessoas nem recebem com tanto interesse como receberiam uma notícia ruim ou uma fofoca, por esta razão as pessoas não se apressam em dar notícias boas para as outras. E já que muitas pessoas gostam de notícias ruins de um modo geral, algumas pessoas quando não as tem para dar, inventam. Por isso, de uma coisa estejam certos: - Mais de 90% do que falam dos outros, não é verdade.
Muitas vezes divulgamos coisas a respeitos de outros, que nem mesmo sabemos de onde partiu. Geralmente a autoria do falatório vem de alguma mente doentia, observando-se o princípio de que só vemos nos outros aquilo do que nossos corações estão cheios.
-Quem vive a dizer que fulano é desonesto, com certeza vive na desonestidade;
-Quem vive a julgar qualquer um, por qualquer motivo como homossexual, com certeza tem problemas nesta área.
-Quem vive a dizer que todo político é ladrão, com certeza daria o maior desfalque nos cofres públicos.
-Quem diz que todo homem trai a mulher, com certeza trai a sua.
-Todo ciumento diz que o ciúme é normal, porque tem a doença.
Caso alguém venha nos falar mal de outra pessoa, é de bom alvitre perguntarmos: - Você teria coragem de confirmar isso diante da pessoa interessada?
Há muitas pessoas que julgam os outros, baseados no "ACHISMO". Simplesmente acham que poderia ser verdade e saem afirmando como tal. Isso é uma irresponsabilidade e uma maldade de gravíssimas proporções, pois muita gente inocente ja’foi para a cadeia porque alguém se deixou levar pelo veneno da língua dos outros. A maneira mais coerente, prudente, decente, honesta e correta de julgarmos uma pessoa ( se é que podemos julgar alguém), é por aquilo que ela demonstra para conosco.
Por isso cuidado! Muitos de teus sofrimentos "inexplicáveis", poderão advir de julgamentos dos outros que os fizeram sofrer. A justiça é implacável, bem como a Lei de Ação e Reação.
"FAÇAMOS AOS OUTROS AQUILO QUE GOSTARÍAMOS QUE NOS FOSSE FEITO"
AS TRES PENEIRAS
Um rapaz procurou Sócrates e lhe disse que precisava contar sobre alguém.
Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas tres peneiras?
- Tres peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a Verdade. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: -a Bondade. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade, é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: - a Necessidade. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
E arremata Sócrates:
Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta. 
( Extraído da Revista Visão Espírita )