A diferença entre Templo e Loja na maçonaria, parece a princípio uma questão simples. Como dito no Manual de Instruções Maçônicas do Aprendiz, Templo é o lugar onde se realizam os trabalhos maçônicos e onde se reúne a Loja, que é a manifestação do Logos ou verbo, individualizado em cada um de seus componentes e generalizado ou “universalizado”, harmonicamente, no conjunto. Neste mesmo texto há o alerta de não se confundir Templo e Loja. Templo é o prédio, o lugar físico no qual se reúnem os membros de uma Loja. Loja é o conjunto dos maçons que se reúnem no Templo, em recinto consagrado aos seus trabalhos. De uma maneira direta e metafórica acho que se poderia dizer que Templo é o corpo e Loja a alma e a mente. Mas a relação entre as duas definições é mais profunda e complexa. Rica em sua descrição e elaboração, a simbologia do Templo é forte e com propósitos significativos e divinos, tão magística e cuidadosamente proposital, seu entrelaçamento e simbiose com a Loja são tão profundos que não se resume a uma simples definição de que um é o espaço e o outro a idéia, é muito mais do que isso.
O Templo reproduz simbolicamente, quatro esferas ou mundos:
1. Mundo das emanações. Plano divino. Esfera intelectual. Corresponde ao Oriente do
Templo
2. Mundo da criação. Plano astral superior. Esfera da alma racional. Correspondente, no
Templo, à metade da área, que vai do oriente ao altar do 2º Vigilante.
3. Mundo da formação. Plano astral inferior. Esfera da alma vital. Corresponde, no
Templo, à metade inferior de sua área, que vai do altar do 2º Vigilante à porta entre
colunas.
4. Mundo físico, dos fenômenos. Esfera da natureza formal, plástica e do corpo.
Corresponde, no Templo, ao vestíbulo ou sala dos Passos Perdidos, e ao mundo
profano.
É no Templo que o Aprendiz passa a trabalhar, desde que se emancipou do mundo formal ou dos fenômenos; emancipação simbolicamente representada pela morte do profano no quarto das reflexões e seu renascimento iniciático na Loja.
A beleza dos ornamentos e símbolos do Templo é poderosa e impactante, cada Templo tem suas particularidades e identidade únicas, mas alguns objetos e emblemas são universais, como os altares, as jóias fixas e móveis, os candelabros, as colunas, o mar de bronze, o livro da lei, entre outros. Na história da maçonaria, aprendemos que Lojas já foram realizadas a céu aberto, em sótãos secretos, escondidos detrás de espaços concedidos pelos nazistas às missas cristãs em campos de concentração. Nesses lugares, obviamente não havia a possibilidade da reprodução ou aproximação visual e física do Templo de Salomão, mas nos corações, mentes e almas de seus membros com certeza se construía um Templo majestoso e sagrado, consagrado à Glória do Grande Arquiteto do
Universo e se efetivava uma verdadeira Loja, forte e unida.
Em opontodentrodocirculo, há a referência à chamada Técnica Expositiva de ensino, que corresponde à aplicação do Método Dedutivo lógico, verbalizado ou com uso de audiovisuais, e a proposta de um exercício de sete frases relacionadas ao tema Templo e Loja:
O Templo é um caderno, a Loja um lápis.
No Templo estamos parados, na Loja em movimento.
Do Templo falamos, da Loja ouvimos.
O Templo é pequeno, a Loja é grande.
O Templo tem um nível, a Loja um prumo.
O Templo tem forma limitada, a Loja ilimitada.
O Templo protegemos, a Loja nos protege.
O escritor do texto questiona o que pensamos a respeito dessa leitura e como reagiríamos a seguinte frase: “O Templo é profano e a Loja sagrada”. Também convida a reflexão outra frase do mesmo texto: “Combatemos os Vícios nos Templos e aprendemos a Virtude nas Lojas”. Realmente a distinção entre Templo e Loja é clara, mas a relação de entrelaçamento entre os dois também é forte verdadeira e mesmo com uma sensação de certa superioridade em importância ao que a Loja significa, o Templo é seu caminho e sua morada, seu esteio sagrado e por isso poderoso, magistral e edificante. Somos alma e estamos corpóreos e por semelhança somos a Loja e estamos no Templo.
Concluo, como um simples aprendiz em seus primeiros passos, que ambos são sagrados e que a diferença é que um é perene, como os próprios Sol e Terra, a outra é eterna, como Deus e suas chispas divinas, não morre nem se degrada no tempo espaço. Templo é corpo vivo, Loja é Verbo divino.
Or.·. de Porto Alegre, 14 de Setembro de 2016 da E.·. V.·.
Luís Fernando
Apr.·. M.·.
Bibliografia:
O Templo reproduz simbolicamente, quatro esferas ou mundos:
1. Mundo das emanações. Plano divino. Esfera intelectual. Corresponde ao Oriente do
Templo
2. Mundo da criação. Plano astral superior. Esfera da alma racional. Correspondente, no
Templo, à metade da área, que vai do oriente ao altar do 2º Vigilante.
3. Mundo da formação. Plano astral inferior. Esfera da alma vital. Corresponde, no
Templo, à metade inferior de sua área, que vai do altar do 2º Vigilante à porta entre
colunas.
4. Mundo físico, dos fenômenos. Esfera da natureza formal, plástica e do corpo.
Corresponde, no Templo, ao vestíbulo ou sala dos Passos Perdidos, e ao mundo
profano.
É no Templo que o Aprendiz passa a trabalhar, desde que se emancipou do mundo formal ou dos fenômenos; emancipação simbolicamente representada pela morte do profano no quarto das reflexões e seu renascimento iniciático na Loja.
A beleza dos ornamentos e símbolos do Templo é poderosa e impactante, cada Templo tem suas particularidades e identidade únicas, mas alguns objetos e emblemas são universais, como os altares, as jóias fixas e móveis, os candelabros, as colunas, o mar de bronze, o livro da lei, entre outros. Na história da maçonaria, aprendemos que Lojas já foram realizadas a céu aberto, em sótãos secretos, escondidos detrás de espaços concedidos pelos nazistas às missas cristãs em campos de concentração. Nesses lugares, obviamente não havia a possibilidade da reprodução ou aproximação visual e física do Templo de Salomão, mas nos corações, mentes e almas de seus membros com certeza se construía um Templo majestoso e sagrado, consagrado à Glória do Grande Arquiteto do
Universo e se efetivava uma verdadeira Loja, forte e unida.
Em opontodentrodocirculo, há a referência à chamada Técnica Expositiva de ensino, que corresponde à aplicação do Método Dedutivo lógico, verbalizado ou com uso de audiovisuais, e a proposta de um exercício de sete frases relacionadas ao tema Templo e Loja:
O Templo é um caderno, a Loja um lápis.
No Templo estamos parados, na Loja em movimento.
Do Templo falamos, da Loja ouvimos.
O Templo é pequeno, a Loja é grande.
O Templo tem um nível, a Loja um prumo.
O Templo tem forma limitada, a Loja ilimitada.
O Templo protegemos, a Loja nos protege.
O escritor do texto questiona o que pensamos a respeito dessa leitura e como reagiríamos a seguinte frase: “O Templo é profano e a Loja sagrada”. Também convida a reflexão outra frase do mesmo texto: “Combatemos os Vícios nos Templos e aprendemos a Virtude nas Lojas”. Realmente a distinção entre Templo e Loja é clara, mas a relação de entrelaçamento entre os dois também é forte verdadeira e mesmo com uma sensação de certa superioridade em importância ao que a Loja significa, o Templo é seu caminho e sua morada, seu esteio sagrado e por isso poderoso, magistral e edificante. Somos alma e estamos corpóreos e por semelhança somos a Loja e estamos no Templo.
Concluo, como um simples aprendiz em seus primeiros passos, que ambos são sagrados e que a diferença é que um é perene, como os próprios Sol e Terra, a outra é eterna, como Deus e suas chispas divinas, não morre nem se degrada no tempo espaço. Templo é corpo vivo, Loja é Verbo divino.
Or.·. de Porto Alegre, 14 de Setembro de 2016 da E.·. V.·.
Luís Fernando
Apr.·. M.·.
Bibliografia:
Manual de Instruções Maçônicas de Aprendiz. Edgar Menna Barreto.
opontodentrodocirculo.wordpress.com
opontodentrodocirculo.wordpress.com
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