segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O CAIXEIRO VIAJANTE E A ARTE REAL....

Um rapaz simpático, educado, de bons hábitos e bem sucedido na vida exercendo a profissão de caixeiro viajante, resolveu comemorar o seu noivado num restaurante discreto e aconchegante em uma cidade com as mesmas qualidades. Como já havia viajado muito não foi difícil encontrar a cidade ideal.

O rapaz partiu com sua noiva e a sua mãe, em direção à cidade escolhida. Após algumas horas de viagem, chegaram à cidade Pedra Dura. Hospedaram-se e em seguida o rapaz saiu à procura do restaurante ideal. Era cedo, manhã bonita e calma, andou pelas ruas pacatas e encontrou um restaurante à beira de um riacho: Restaurante 3 Irmãos. O nome do estabelecimento lhe agradou. Deu, na porta do mesmo, três pancadas. Em seguida uma voz respondeu-lhe às batidas:

-- Quem vem lá?

-- Sou um cliente que deseja tratar de um jantar comemorativo. - respondeu o rapaz.

-- Pois, então, entre.

O viajante entrou e um homem simpático e educado o esperava no salão.

-- Bom dia ! - cumprimentou o recém chegado e perguntou -  Sois garçom?

-- Meus clientes como tal me reconhecem. De onde viestes?

-- De uma cidade chamada São João.

-- O que fazes na vida?

-- Sou caixeiro viajante. Viajo a negócios e visito Lojas.

-- Vens muito por aqui?

-- Não muito, esta é a minha 3ª viagem.

-- O que quereis?

-- Um jantar para 3 pessoas em lugar reservado.

-- Que tal entre aquelas colunas? É um lugar bem privativo.

-- Parece-me bom. Ficaremos entre elas.

-- O que beberão na ocasião?

-- Para minha mãe e noiva uma taça de bebida doce. Eu prefiro algo amargo como aperitivo.

-- Pode ser whisky?

-- Nacional?

-- Não, escocês!

-- Bem se for antigo eu aceito, mas gostaria que as mesas fossem bem ornamentadas.

-- Podemos ornamentá-las com romãs, ficam bonitas e exóticas.

-- E quanto às flores?

-- Fique tranqüilo, fazemos arranjos com rosas e espigas de trigo.

-- Pois então faça, não poupe nada, quero fartura em abundância. Você estará aqui?

-- Sim, trabalho do meio dia a meia noite.

-- Bem, pela conversa o atendimento é bom. E o preço?

-- O preço é justo e o atendimento é perfeito, mas qual é o seu nome?

-- Salomão e o seu?

-- Hiram, sou conhecido como "Hiram dos bifes", sou bom em corte de bifes. Meus irmãos também atendem. Um chama-se Emmanuel e o outro José, mas é conhecido por "Zé".

-- Você é desta cidade ?

-- Não, também fui caixeiro viajante. Gostei tanto desta cidade que na minha 5ª viagem resolvi ficar por aqui. E já fa 5 anos, acabei comprando este restaurante. Olhe, meu Irmão, no começo foi difícil. Este estabelecimento era mau visto, pois pertencia a três trapalhões chamados: Gilberto, Juberto e Juberton. Fizeram tantas trapalhadas que acabaram assassinados.

-- Olhe Hiram, coloque a mesa de minha mãe separada, para haver mais privacidade.

-- E o seu pai não vem?

-- Não minha mãe é viúva.

-- Quie coincidência! Eu também sou filho de uma viúva.

-- Eu há muito percebi.

-- Como se chama sua mãe? Temos cortesia para ela.

-- Minha mãe chama-se Acácia.

-- Este nome me é conhecido, tivemos uma ótima cozinheira com este nome.

-- Bem, eu já vou indo. Logo mais retornarei com elas. Ah! Já ia me esquecendo. Qual é a especialidade da casa?

-- Churrasco.

-- Ótimo! É macio?

-- Sim, tão macio que a carne se desprende dos ossos.

-- Ah, Senhor meu Deus! Que maravilha, não posso perder! O lugar é seguro?

-- Sim, temos dois rapazes expertos que cuidam disso. E no salão temos 2 vigilantes.

-- Parabéns, o seu restaurante está coberto de qualidades, salve o adorável mestre. Até logo. Um Forte e Fraterno Abraço

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