A origem do esquadro é misteriosa e não é conhecida, mas bastante antiga, e sempre foi usado em construções realizadas em épocas longínquas.
Seu nome surge do Latim "quadrare", "tornar quadrado" pois é formado por duas hastes que se encontram em um ponto, formando um ângulo reto equivalente a 90 graus.
Duas são as formas do esquadro, uma simétrica ( que apresenta simetria ) e outra assimétrica ( que não apresenta simetria).
O esquadro quando é representado por sua forma simétrica, simboliza o equilíbrio entre a união do ativo, representado pela haste central, e o passivo, representado pela base, que formam dois ângulos retos de cada lado.
O Esquadro quando representado por sua forma assimétrica, indica a atividade e o dinamismo.
As linhas ou lados que formam o esquadro, tanto simétrico como assimétrico, têm um sentido simbólico de elevada importância. Uma é horizontal, ligada à superfície terrestre ou plano material (Eu traduziria como ligado ao corpo físico), e a outra é vertical, ligada ao infinito celeste ou plano espiritual (que eu traduziria como ligado à Alma Humana). Embora as duas mostrem caminhos diferentes (que eu creio ser o Plano Material e Plano Espiritual, ou o Corpo Físico e a Alma Humana ), eles encontram-se intimamente ligados ( pois creio, que ambos são como a Luz e a matéria, pois as formas apenas podem existir se a Luz puder ser contida por uma matéria, ou seja, a árvore consegue ter a sua forma por que a Luz que vem do Leste, ou do Infinito Primordial, é contida pela árvore, pois se não existisse a Matéria, a Luz do Leste vagaria ao Infinito, e nenhuma forma poderia ali existir. Por isto esses dois caminhos, representados pelo Esquadro, devem ser sempre percorridos com retidão.
Na Maçonaria, o esquadro simboliza o equilíbrio, a harmonia e a retidão que todo Maçom deve possuir, que é representado na insígnia do Mestre. Ao formar o emblema maçônico com o compasso, começa a ser descrito o lado material com suas hastes sempre fixas obedecendo a um ângulo reto que não pode ser modificado. Já o compasso se relaciona com o Divino, e suas hastes são móveis, podendo alterar o ângulo de abertura de acordo com suas necessidades. O esforço conjunto desses dois símbolos representa a união entre Céu e a Terra, e o maçom, permanecendo entre o esquadro e o compasso, não se desviará do caminho a ser percorrido em prol do aprimoramento espiritual.
O esquadro corrige e organiza a matéria, e como insígnia do Venerável, dá a entender que a vontade do Venerável no momento da Loja, só pode ter um único sentido, o de preservar os estatutos da Ordem, não agindo, a não ser para o bem de todos.
A jóia suspensa ao colar do Venerável é um esquadro de lados desiguais, o lado maior deve estar virado para o lado direito, que representa o lado ativo ou destro, que domina o lado esquerdo, passivo ou sinistro.
O esquadro é empregado nos três graus simbólicos como símbolo de saudação. Também é usado na marcha para adentrar no Templo e na Cadeia de União, onde os pés formam uma esquadria, além de ser usado na lenda do terceiro Grau pelo segundo Companheiro para ferir o Mestre Hiram Abiff.
Podemos inferir, que o esquadro representa a união alquímica entre a o corpo material e a alma, desde que sigamos o caminho da retidão e do aperfeiçoamento constante de todas as nossas ações neste mundo das multiplicidades terrenas.
Or de Porto Alegre, 08 de outubro de 2013. da E.'. V.'.
Vinicius dos Santos
Ap.'. M.'.
Bibliografia:
Maçonaria.net
QUEIROZ, Alvaro de. A Geometria Maçônica - Rito Escocês Antigo e Aceito. São Paulo, Madras, 2010.
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