quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A CENTELHA DIVINA


A centelha divina é o princípio criador de onde nos originamos, ao qual retornaremos um dia de acordo com o tempo evolutivo de cada um.
Sob ação do terceiro logos, a centelha divina começa operando na jornada de encarnações nos planos mais densos, até então passando a ser chamada de mônada, que tem o significado de centelha divina encarnada, que se separou do princípio que é Deus para se aperfeiçoar e retornar novamente ao logos mais experiente com os conhecimentos adquiridos na matéria.
De acordo com o budismo tibetano, esse ciclo dura 108 encarnações para adquirir a essência e realizar seu trabalho de auto realização. Porém a roda de samsara, que é um exemplo das encarnações em diversos reinos da natureza, pode girar 3000 vezes para cada essência, totalizando 324000 encarnações para fazer nosso trabalho.
Para conquista de cada essência desceremos ao plano dela tornando-se assim mônada ao sair do plano divino e monádico onde estamos estacionados para receber a permissão divina e iniciarmos a caminhada na senda dos sete princípios evolutivos do homem.
Ao começar a percorrer estes sete planos, vamos fazendo uma jornada de involução até chegar à matéria, passando em sequência pelos planos átmico, búdico, mental superior, mental inferior, astral, etérico e denso. Nessa descida ou involução, ao chegar ao plano físico denso, atingimos o reino mineral e a partir dai começamos a nossa subida na escada evolutiva adquirindo forma de minério mais rústico até os mais sofisticados como diamante. Depois vamos ao reino vegetal, adquirindo experiência em diversos grupos da flora, passando então ao reino animal e hominal ao qual nos encontramos atualmente.
Após superar todas as imperfeições humanas a qual fomos conduzidos a experimentar, a mônada começa retornar ao divino, ascendendo os planos pelos quais já passou adotando formas mais angelicais e sentimentos mais altruísticos, desintegrando assim o ego e desapegando a materialidade como advertido por Jesus quando disse: “buscai os tesouros que a traça não rói e a ferrugem não consome”.
O problema é que muitas vezes nos esquecemos disso porque ainda estamos com a consciência muito adormecida e fascinados pelas coisas passageiras e ilusórias deste mundo não fazendo assim a vontade do G.’.A.’.D.’.U.’.   O resultado disso, é que criamos e alimentamos o ego e este por sua vez, nos afasta cada vez mais de Deus desenvolvendo dor, ignorância, miséria e sofrimento. No entanto, ao contrário, quando fazemos a sua vontade, tudo caminha harmoniosamente e a senda evolutiva se torna mais leve, assim afirma Jesus quando diz: “... tomai sobre voz o meu jugo e aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossa alma. Por que meu jugo é suave e meu fardo é leve.”

                     Or.'. de Porto Alegre, 06 de Julho 2014. da E.'. V.'.

Antonio Carlos Dias Fernandes Junior
Apr.'. M.'.


Bibliografia:

www.estudosdabíblia.net
www.espaçoazul.net/temab1

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A ESPADA FLAMEJANTE


A espada flamejante é um dos objetos mais simbólicos e sagrados na maçonaria. É usada tanto nas lojas simbólicas como nos altos graus para sagração nas iniciações.
A espada flamejante é diferente de tudo que  é mencionado sobre espadas. Aparentemente, ela não esta descrita em nenhum livro que não seja aquele que relate as coisas pertencentes á ordem maçônica: sua lamina não é retilínea, mas ondulada, assemelhando-se á labaredas de fogo.
Conforme pode ser lido no livro sagrado, ela é empunhada pelos anjos do senhor no jardim do éden, como verdadeira espada de fogo, para guardar o caminho da arvore da vida.
Até onde se sabe, os historiadores não tem, alem dessa informação obtida na bíblia, outras informações que esclareçam a origem dessa arma de formato tão peculiar. A maçonaria simbólica a adotou, pois representa, sem duvida, a emancipação da força de proteção, de defesa, de ação.
Tem significados tremendamente profundos na simbologia maçônica, sendo talvez o principal deles o de ser a arma a ser usada na luta eterna na dualidade entre o bem e o mal.
Simboliza também o poder possuído pelo venerável mestre de iniciar novos aprendizes, elevar novos companheiro e exaltar novos mestres na loja simbólica.
O venerável mestre e a autoridade máxima da loja e deve ser o mais correto de todos os irmãos. Esta retidão exemplar é simbolizada pelo esquadro e a autoridade máxima é simbolizada pela espada flamejante.
Ela só pode ser tocada em loja pelo venerável mestre ou por outro mestre instalado. Deveria estar sempre guardada num estojo próprio para ser oferecida ao venerável mestre nas iniciações, elevações e exaltações, mas hoje é comum ser mantida exposta no altar durante todas as sessões, mesmo nas sessões ordinárias. Portanto me  parece lógico que ela não deve ser encostada no candidato, durante a sagração, somente devera ficar próximo do mesmo.
Ampliando os limites de nossa mente, podemos afirmar que a espada flamejante, quando empunhada pelo venerável mestre, sem duvida alguma é a representação da  força do poder, da magia e do encanto da maçonaria universal, espalhada por todo canto da terra. Essa mesma maçonaria que tem aperfeiçoando os homens pelo amor, pelo caráter e pela tolerância.

Or.'. de Porto Alegre, 09 de dezembro de 2012 da E.'. V.'.

Claudio k Suski
C.'. M.'.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A DUALIDADE


        A Dualidade, representada pelos pares de opostos, destaca o mundo da ilusão ou das aparências, onde a luz e as trevas têm alto sentido filosófico. A atividade dos princípios, em sentido inverso, poderá ser comparado ao fluxo e refluxo das marés. Assim, a luz que é uma emanação ativa e positiva(fluxo da maré), opõe-se às trevas, que é a falta de luz ou luz negativa. 
       A Luz, então, tem uma correspondência moral com a sabedoria, o amor, o altruísmo, que é o desejo de “dar”.
     As trevas relacionam-se com a ignorância, a paixão, o egoísmo, que é o desejo de “receber”. Os pares de elementos, ou princípios opostos e complementares, encontram num terceiro elemento intermediário e equilibrante, ou princípio da harmonia, o reflexo da unidade no mundo relativo. Cessar a luta dos opostos e a dualidade torna-se luta fecunda, e adquire impulsos evolutivos, construtivos e progressistas.

                                        Or .’.  de Porto Alegre 05 de março de 2012.da E .’. V.’.

Márcia  Nunes
Apr.'. M.'.

Bibliografia:
Mena Barreto ,Edgar ;Manual de instruções Maçônicas de aprendiz- Porto Alegre .1999.

domingo, 28 de dezembro de 2014

O ESQUADRO


        A origem do esquadro é misteriosa e não é conhecida, mas bastante antiga, e sempre foi usado em construções realizadas em épocas longínquas.
          Seu nome surge do Latim "quadrare", "tornar quadrado" pois é formado por duas hastes que se encontram em um ponto, formando um ângulo reto equivalente a 90 graus. 
          Duas são as formas do esquadro, uma simétrica ( que apresenta simetria ) e outra assimétrica ( que não apresenta simetria).
           O esquadro quando é representado por sua forma simétrica, simboliza o equilíbrio entre a união do ativo, representado pela haste central, e o passivo, representado pela base, que formam dois ângulos retos de cada lado. 
          O Esquadro quando representado por sua forma assimétrica, indica a atividade e o dinamismo.
          As linhas ou lados que formam o esquadro, tanto simétrico como assimétrico, têm um sentido simbólico de elevada importância. Uma é horizontal, ligada à superfície terrestre ou plano material (Eu traduziria como ligado ao corpo físico), e a outra é vertical, ligada ao infinito celeste ou plano espiritual (que eu traduziria como ligado à Alma Humana). Embora as duas mostrem caminhos diferentes (que eu creio ser o Plano Material e Plano Espiritual, ou o Corpo Físico e a Alma Humana ), eles encontram-se intimamente ligados ( pois creio, que ambos são como a Luz e a matéria, pois as formas apenas podem existir se a Luz puder ser contida por uma matéria, ou seja, a árvore consegue ter a sua forma por que a Luz que vem do Leste, ou do Infinito Primordial, é contida pela árvore, pois se não existisse a Matéria, a Luz do Leste vagaria ao Infinito, e nenhuma forma poderia ali existir. Por isto esses dois caminhos, representados pelo Esquadro, devem ser sempre percorridos com retidão. 
          Na Maçonaria, o esquadro simboliza o equilíbrio, a harmonia e a retidão que todo Maçom deve possuir, que é representado na insígnia do Mestre. Ao formar o emblema maçônico com o compasso, começa a ser descrito o lado material com suas hastes sempre fixas obedecendo a um ângulo reto que não pode ser modificado. Já o compasso se relaciona com o Divino, e suas hastes são móveis, podendo alterar o ângulo de abertura de acordo com suas necessidades. O esforço conjunto desses dois símbolos representa a união entre Céu e a Terra, e o maçom, permanecendo entre o esquadro e o compasso, não se desviará do caminho a ser percorrido em prol do aprimoramento espiritual.
        O esquadro corrige e organiza a matéria, e como insígnia do Venerável, dá a entender que a vontade do Venerável no momento da Loja, só pode ter um único sentido, o de preservar os estatutos da Ordem, não agindo, a não ser para o bem de todos.
          A jóia suspensa ao colar do Venerável é um esquadro de lados desiguais, o lado maior deve estar virado para o lado direito, que representa o lado ativo ou destro, que domina o lado esquerdo, passivo ou sinistro. 
          O esquadro é empregado nos três graus simbólicos como símbolo de saudação. Também é usado na marcha para adentrar no Templo e na Cadeia de União, onde os pés formam uma esquadria, além de ser usado na lenda do terceiro Grau pelo segundo Companheiro para ferir o Mestre Hiram Abiff.
          Podemos inferir, que o esquadro representa a união alquímica entre a o corpo material e a alma, desde que sigamos o caminho da retidão e do aperfeiçoamento constante de todas as nossas ações neste mundo das multiplicidades terrenas.



         Or de Porto Alegre, 08 de outubro de 2013. da E.'. V.'.

Vinicius dos Santos
Ap.'. M.'.


Bibliografia: 

Maçonaria.net

QUEIROZ, Alvaro de. A Geometria Maçônica - Rito Escocês Antigo e Aceito. São Paulo, Madras, 2010.

sábado, 27 de dezembro de 2014

COMO RECONHECER UM MAÇOM?


Em nossa última loja o Ven.•. M.•. solicitou que eu fizesse um trabalho sobre como podemos fazer para reconhecer um maçom SEM o uso de SS.•., TT.•. ou PP.•. .

Após muito pensar, analisar e mesmo pesquisar  nos livros de  Ritos e em outros materiais à disposição não consegui chegar a nenhuma conclusão. Não achei nenhum modo seguro, eficaz e eficiente de como fazê-lo. 

Como alternativa eu tentei uma comparação direta entre meus IIrm.•. MM.•. da Loja, também com os meus IIrm.•. Não MM.•. de minhas relações e, é claro, comigo mesmo, e o máximo que consegui descobrir é que não tendo como comparar pessoas, então não conseguiria lhe responder a sua pergunta, Ven.•. M.•.

Aliás, se o Ven.•. mudasse o escopo do trabalho e permitisse que eu  utilizasse os SS.•., TT.•. e PP.•. para facilitar esta identificação, mesmo assim, ainda assim, eu acredito que não poderia identificar completamente um Maçom.

Porque como bem sabe nosso Ven.•. M.•., temos aqui, antes de mais nada uma questão de SER  e de ESTAR, uma questão de FATO e de DIREITO.

Para ser um Maçom de DIREITO, você precisa ser “Livre e de Bom Costume”, “Crer em um Princípio Criador Incriado” e assim poder ser Iniciado em nossa Ordem.

Após isto, estando um candidato devidamente iniciado e inscrito, ser frequentador e colaborador das sessões ordinárias e abertas, estar ciente da ritualística, fazer e apresentar suas peças de arquitetura de forma adequada, poderia, quando muito, ser chamado de  MAÇOM por DIREITO.

Mas só, isto basta ? Isto é o suficiente ? É isto que procuramos ser ...  “MAÇONS POR DIREITO” ?

Será que basta ser bom Irm.•. entre as  paredes da Loja ? E quanto a todo o resto lá fora ? E quando ou enquanto estivermos no mundo profano, como fica ?

Da mesma forma, será que temos a garantia que um Irm.•. que saiba os SS.•., TT.•. e  PP.•. de nossa Ordem, assim como alguns de seus “segredos” seja um legítimo MAÇOM, com todo o peso que gostaríamos que tivesse esta definição ?

Por outro lado, aquele nosso Irm.•. profano, por assim dizer, com quem esbarramos nos caminhos da vida, no trabalho, durante o lazer, aquele que não frequenta a Maçonaria, que não foi Iniciado, que não conhece os SS.•., TT.•. e PP.•., mas que diariamente põe, de uma forma saudável e construtiva, os interesses da maioria à frente dos seus, que se preocupa efetivamente com os mais desafortunados, que sabe calar para não magoar, que pratica de uma forma constante e consistente  o símbolo do 3º degrau de nossa escada de Jacó, não seria este o Verdadeiro Maçom ?

Free mason. Do francês pedreiro ou Construtores Livres. Não seriam estes de quem recém falei os verdadeiros construtores livres de uma sociedade melhor ? Não seriam estes acima MAÇONS, DE FATO ?

Claro que são os dois extremos, mas o que gostaria de demonstrar através desta peça  é que, mesmo de posse de SS.•., TT.•. e PP.•. podemos apenas identificar um Maçom de DIREITO, nunca o de FATO.

Para finalizar, acredito que se tivermos alguém que se faça presente, sem precisar impor sua presença, que seja bondoso com os outros sem ser condescendente, que reconheça que todos cometemos erros e o que realmente importa é procurar corrigi-los, que enalteça as qualidades dos outros em público, enquanto que os ajude a corrigir suas falhas, reservadamente, pois sabe que todos nós falhamos, e que à noite consiga  dormir tranquilo, não pela sua total falta de responsabilidade, mas porque sabe que,  se não fez O melhor, ele ao menos fez o SEU melhor e que no  dia seguinte o sol tornará a surgir no Ocidente a caminho do Oriente e que ele terá mais um dia para tentar fazer a diferença !

Este, Ven.•. M.•., para mim é MAÇOM, talvez nem ele o saiba, mas é o verdadeiro MAÇOM !

Gosto de acreditar que antes de uma simples Ordem Instituida, a Maçonaria seja  um estado de espírito, um querer espontâneo baseado na busca do crescimento espiritual e que nela se trabalhe diariamente, dentro e fora de suas Lojas, e não somente às quartas-feiras.


Or.•. de Porto Alegre, 08  de Junho de 2012  da   E.•. V.•.

Carlos Mutti
Apr.•. M.•.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

QUEM SOMOS?


Somos seres em busca da perfeição através do reconhecimento dos nossos males, das trevas que carregamos e até mesmo cultivamos no decorrer do tempo.
Quando conseguimos reconhecer uma ponta da pedra bruta que somos para desbastar, entramos no campo da melhora. Mas este é um exercício, um trabalho árduo que necessita de persistência e disciplina.
A tarefa de nos conhecermos, de sabermos reconhecer e controlar nossos instintos está interligado com as bases de amor, verdade e justiça. 
Pois, aprendendo a entender que o amor que conhecemos e aplicamos é totalmente baseado no ego, que a verdade que utilizamos e aplicamos em grande parte de nossa vida é conveniente aos nossos interesses e que a justiça que almejamos para nós, quase nunca é a que desejamos ao outro, quando aprendermos teremos  nos transformado em uma pedra útil. 
A compreensão interna, pelo auto conhecimento, é intensa, não é fácil dominar ou controlar um ego, muito menos o próprio.
Isso requer desenvolver certas aptidões, exercitar nossa capacidade de amor e perdão, para conosco e com o próximo.
Somos pedra bruta, fazendo nosso desbaste constantemente.

Or.'. de Porto Alegre, 31 de março de 2013. da E.'. V.'.

Solange Terezinha Nery Machado
Comp.'. M.'.

Imagem: Google Imagens

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O CAMINHO DA INICIAÇÃO

"O homem traz em si mesmo o dínamo gerador das suas dores e alegrias: a MENTE.
Quem semeia um pensamento colherá um facto; semeia um facto e terá um hábito; semeia um hábito e formará um carácter; semeia um carácter e obterá um destino.
Não adianta arrependimento depois que o acto foi praticado, porque o karma já foi criado.
Nem sempre é pecado o facto de errar… Resta saber se o erro é consciente ou inconsciente, pois a Humanidade caminha ou evolui caindo e levantando, errando e procurando desmanchar o erro, até alcançar o fim da sua evolução.
A chave de cada degrau é o próprio aspirante. Não é o temor a Deus que representa o começo da Sabedoria, mas o conhecimento do Eu, que é a própria Sabedoria.
Quem souber colocar a sua inteligência ao lado do coração, alcançará na Terra as maiores venturas do Céu.
O verdadeiro discípulo é aquele que não procura ver os defeitos alheios, mas os seus próprios.

É dever do discípulo, por amor e respeito ao Mestre, possuir a maior “vigilância dos sentidos”, para não fazer sofrer Aquele que lhe serve de Guia na espinhosa Vereda da Iniciação."
O Verdadeiro Caminho da Iniciação, por Henrique José de Souza. Sociedade Brasileira de Eubiose (ex-Sociedade Teosófica Brasileira), São Paulo, 2001.