"De onde viemos? Que somos? Que a morte fará de nós?
Diz a ciência que nada se cria e nada se perde: tudo se transforma incessantemente.
Que é o homem? É apenas um átomo, aparecido no seio da mulher, e que progressivamente se organiza, se harmoniza em sua inúmeras partes? Que cresce, pensa, cai, transforma-se e volta à causa primária, deixando apenas reminiscências de sua última forma, ou conservando uma particula essencial, imutável e imortal?
A vida do homem é uma centelha, um minuto, durante o qual ele sai da noite infinita. Uma voz interior lhe diz: "procura ver e saber". O espaço imenso, apesar de aberto diante de si, é um obstáculo? Se demora a incerteza, o instante da vida passa e ele volta à noite, sem ter visto a verdade.
...
Cada um a si se interrogue: "Sou esse átomo saído da noite eterna e a ela voltarei em breve. O assassino de Hiram me impede. Tenho o direito de matá-lo?"
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