UMA LOJA MISTA É COMPOSTA POR HOMENS E MULHERES
quarta-feira, 31 de julho de 2013
HOJE LOJA ABERTA
Hoje teremos a realização de mais uma Loja aberta. Os visitantes serão convidados a entrar no templo por volta das 20:00 horas. O tema em discussão será Iniciação.
domingo, 28 de julho de 2013
CULPA - A BUSCA DA PERFEIÇÃO
Antônio Roberto
Soares
Por detrás de nossas tristezas e
frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias,
está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por
grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa. A culpa se
estrutura nos alicerces do perfeccionismo. Alimentamos a ideia de que não
seremos suficientemente bons se não fizermos tudo com perfeição. Esquecemo-nos,
porém, de que todo o nosso comportamento é decorrente de nossa idade evolutiva
e de que somos tão bons quanto nos permite nosso grau de evolução. A todo o
momento, fazemos o melhor que podemos fazer, por estarmos agindo e reagindo de
acordo com nosso “senso de realidade”. O “arrependimento” resulta do quanto
sabíamos fazer melhor e não o fizemos, enquanto que a culpa é, invariavelmente,
a exigência de que deveríamos ter feito algo, porém não o fizemos por
ignorância ou impotência.
O sentimento de culpa é o apego
ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma
tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido. O núcleo do
sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...". A culpa é a
frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós
deveríamos ter sido. Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa,
dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa,
certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o
Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu
ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Assim, quando
estamos atormentados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saída. Como
o pensamento nos exige algo impossível, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo.
Este é um ponto fundamental.
Muitas pessoas dedicam a sua vida
a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a
si mesmas. A diferença entre auto-realização e realização da imagem de como
deveríamos ser é muito mais importante. A maioria das pessoas vive apenas em
função da sua imagem ideal e este é um instrumento fenomenal para se fazer o
jogo preferido do neurótico: a auto-tortura, o auto aborrecimento, o
auto-castigo, a autopunição, a culpa.
Quanto maior for a expectativa a
nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a
nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por
não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis;
é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar
com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a
realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os
seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que
aprendemos o sentimento de culpa como virtude!
A culpa sempre se esconde atrás
da máscara do auto-aperfeiçoamento como garantia de mudança e nunca dá certo.
Os erros dos quais nos culpamos são aqueles que menos corrigimos. A lista de
nossos "pecados" no confessionário é sempre a mesma. A culpa, longe
de nos proporcionar incentivo ao crescimento, faz-nos gastar as energias numa
lamentação interior por aquilo que já ocorreu, ao invés de as gastarmos em
novas coisas, novas ações e novos comportamentos. Por isto mesmo, em todas as
linhas terapêuticas, este é um sentimento considerado doentio. Não existe
nenhuma linha de tratamento psicológico que não esteja interessado em tirar dos
seus pacientes o sentimento de culpa. A culpa é um auto-desprezo, um
auto-desrespeito pela natureza humana, por seus limites e pela sua fragilidade.
A culpa é uma vingança de nós mesmos por não termos atendido a expectativa de
alguém a nosso respeito, seja esta expectativa clara e explícita, ou seja, uma
expectativa interiorizada no decorrer da nossa vida. Por isto é que se diz que,
ao nos sentirmos culpados, estamos alienados de nós mesmos, e a nossa
recriminação interna não é, nem mais nem menos, do que vozes recriminatórias
dos nossos pais, nossas mães, nossos mestres ou outras pessoas que ainda
residem dentro de nós.
Mas aquilo que nos leva a esse
sentimento de culpa, aquilo que alimenta esta nossa doença auto-destrutiva, são
algumas crenças falsas. Trabalhar o sentimento de culpa é, primordialmente,
descobrir as convicções falsas que existem em nós, aquelas verdades em que
cremos e que são errôneas, e nos levam a este sentimento. A primeira delas é a crença na possibilidade da perfeição.
Quem acredita que é possível ser perfeito, quem acha que está no mundo para ser
perfeito, quem acha que deve procurar na sua vida a perfeição, viverá
necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. A expectativa
perfeccionista da vida é um produto da nossa fantasia, é um conceito alienado
de que é possível não errar, que é possível viver sem cometer erros.
Quanto maior for a discrepância
entre a realidade objetiva e as nossas fantasias, entre aquilo que podemos nos
tornar através do nosso verdadeiro potencial e os conceitos idealistas
impostos, tanto maior será o nosso esforço na vida e maior a nossa frustração.
Respondendo a esta crença opressora da perfeição, atuamos num papel que não tem
fundamento real nas nossas necessidades. Tornamos-nos falsos, evitamos encarar
as nossas limitações e desempenhamos papéis sem base na nossa capacidade.
Construímos um inimigo dentro de nós, que é
o ideal imaginário de como deveríamos ser e não de como realmente somos.
Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos uma fachada falsa para
manipular e impressionar os outros.
É muito comum, no relacionamento
conjugal, marido e mulher não estarem amando um ao outro e, sim, amando a
imagem de perfeição que cada um espera do outro. É claro que nenhum dos
parceiros consegue corresponder a esta expectativa irreal e a frustração mútua
de não encontrar a perfeição gera tensões e hostilidades, num jogo mútuo de
culpa. Esta situação se aplica a todas as relações onde as pessoas acreditam
que amar o outro é ser perfeito. Quando voltamos para nós exigências
perfeccionistas, dividimo-nos neuroticamente para atender ao irreal. Embora as
pessoas acreditem que errar é humano, elas simplesmente não acreditam que são
humanas! Embora digam que a perfeição não existe, continuam a se torturar e a
se punir e continuam a torturar e a punir os outros por não corresponderem a um
ideal perfeccionista do qual não querem abrir mão.
Outra crença que nos leva à
culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda, é acreditarmos que há uma relação necessária
entre o erro e a culpa, é a vinculação automática entre erro e culpa. Quase
todas as pessoas a quem temos perguntado de onde vêm os seus sentimentos de
culpa, nos respondem taxativamente que vêm de seus erros. Acreditamos que a
culpa é uma decorrência natural do erro, que não pode, de maneira alguma, haver
erro sem haver culpa. Se acreditarmos nisto, estamos num problema insolúvel. Ou
vamos passar a vida inteira tentando não errar para não sentirmos culpa - e
isto é impossível porque sempre haverá erros em nossa vida - ou então
passaremos a vida inteira nos sentindo culpados porque sempre erramos. Essa
vinculação causal entre erro e culpa é profundamente falsa. A culpa não decorre do erro, mas da maneira
como nos colocamos diante do erro; vem do nosso conceito relativo ao erro,
vem da nossa raiva por termos errado. Uma coisa é o erro, outra coisa é a
culpa; erros são erros, culpa é culpa. São duas coisas distintas, separadas, e
que nós unimos de má fé, a fim de não deixarmos saída para o nosso sentimento
de culpa. O erro é o modo de se fazer algo diferente, fora de algum padrão.
O que é chamado erro é a saída de
um modelo determinado, que pode ser errado hoje e não amanhã, pode ser errado
num país e não ser errado em outro. A culpa é um sentimento, vem de nós, vem da
crença de que é errado errar, que não podemos errar, que devemos ser castigados
pelas faltas cometidas; crença de que a cada erro deve corresponder
necessariamente um castigo, de que a cada falta deve corresponder uma punição.
Aliás, o sentimento de culpa é a punição que damos a nós mesmos pelo erro
cometido. Não é possível não errar, o erro é inerente à natureza humana, ele é
necessário a nossa vida. Na perfeição humana está incluída a imperfeição. Só crescemos através do erro.
As pessoas confundem assumir o
erro com sentir culpa. Assumir o erro é aceitar que erramos, é nos
responsabilizarmos pelo que fizemos ou deixamos de fazer. E isto é sadio. Mas
quando acreditamos que a culpa decorre do nosso erro, tentamos imputar a outros
a responsabilidade dos nossos erros, numa tentativa infrutífera de acabar com a
nossa culpa. E isto é doentio.
A propósito do erro, há um texto
interessantíssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke
Praha, que diz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse
à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria
algo novo, minha vida seria uma repetição infinda de sucessos já vividos.
Quando cometo um erro, vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer
erros como se tivesse traído a mim mesmo. O medo de cometer erros parece
fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de
que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu. Contudo, o erro é uma
demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete
de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao
invés de me lamentar por dentro, terei crescido".
Algumas pessoas nos perguntam:
"Mas como avançar em relação a este sentimento, como arrancar de mim este
hábito de me deprimir com os erros cometidos?". Só existe uma saída para o
sentimento de culpa. Façamos uma fantasia: imaginemos por um instante que
estamos à morte e nossos sentimentos deste momento são de angústia, tristeza e
frustração por todos os erros cometidos, por tudo o que deveríamos ter feito e
não fizemos; remorsos pelos nossos fracassos como pai, como mãe, como
profissional, como esposo, como esposa, como religioso, como cidadão, mas, ao
mesmo tempo, estamos com um profundo desejo de morrer em paz, de sair desse
processo íntimo de angústia e morrer tranquilos. Qual a única palavra que, se pronunciada neste momento, sentida com
todo coração, teria o poder de transformar a nossa dor em alegria, o nosso
conflito em harmonia, a nossa tristeza em felicidade? Somente uma palavra teria
essa magia. A palavra é: Perdão.
O Perdão é uma palavra perdida em
nossa vida. O primeiro sentimento que se perde no caminho da loucura é o
sentimento de perdão, o sentimento de auto-perdão. Se a culpa é a vergonha da
queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo. O auto-perdão
é o recomeço da brincadeira depois do tombo: "Eu me perdôo pelos erros
cometidos, eu me perdôo por não ser perfeito, eu me perdôo pela minha natureza
humana, eu me perdôo pelas minhas limitações, eu me perdôo por não ser
onipotente, por não ser onipresente, por não ser onisciente, eu me perdôo
por...". O perdão é sempre assim mesmo, é pessoal e intransferível.
O perdão aos outros é apenas um
modo de dizermos aos outros que já nos perdoamos. Perdoarmo-nos é restabelecer a nossa própria unidade, a nossa
inteireza diante da vida, é unir outra vez o que a culpa dividiu, é uma
aceitação integral daquilo que já aconteceu, daquilo que já passou, daquilo que
já não tem jeito; é o encontro corajoso
e amoroso com a realidade.
Somente aqueles que desenvolveram
a capacidade de auto-perdão conseguem energia para uma vida psicológica sadia.
A criança faz isto muito bem. O perdão é a própria aceitação da vida do jeito
que ela é, nos altos e nos baixos. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus
ao passado, é a aceitação de que o passado é uma fantasia, é apenas saber
perder o que já está perdido. O auto-perdão é um sim à vida que nos rodeia
agora, é uma adesão ao presente, à única coisa viva que possuímos, que são
nossas possibilidades neste momento. Não podemos abraçar o presente, a vida, o
passado e a morte ao mesmo tempo. O
perdão é uma opção para a vida, o auto-perdão é a paciência diante da
escuridão, é o vislumbre da aurora no final da noite. O auto-perdão é o sacudir
da poeira, é a renovação da auto-estima e da alegria de viver, é o
agradecimento por sabermos que mais importante do que termos cometido um erro é
estarmos vivos, é estarmos presentes.
Para encerrar este tema, quero
sugerir-lhes uma reflexão sobre este texto escrito por Frederick Pearls:
"Que isto fique para o homem! Tentar ser algo que não é, ter idéias que
não são atingíveis, ter a praga do perfeccionismo de forma a estar livre de
críticas, é abrir a senda infinita da tortura mental. Amigo, não seja um
perfeccionista. Perfeccionismo é uma maldição e uma prisão. Quanto mais você
treme, mais erra o alvo. Amigo, não tenha medo de erros, erros não são pecados,
erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez criativamente nova.
Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles, você teve a
coragem de dar algo de si".
quarta-feira, 24 de julho de 2013
A ABERTURA DA LOJA
O Ritual de Abertura, assim com o
de Encerramento, dos trabalhos em Loja é, talvez, um dos mais importantes
dentro do simbolismo maçônico. Ele dá os passos necessários para passar do
mundo profano para um estado superior de existência ou, em outras palavras,
passar da aparência à realidade, sempre e quando cumpramos com uma série de
atitudes e disposições. É por isso que a palavra ritual significa “DE ACORDO
COM UMA ORDEM”. É penetrar em um plano supra-espacial e atemporal, o qual vai sendo
criado e desenvolvido no interior de cada um dos irmãos presentes à sessão,
proporcionalmente ao grau de concentração que se tenha para esse momento.
Abrir os trabalhos é abrir nossa
Loja Interior, é fazer uso das primeiras palavras do axioma hermético “Visita
Interiora Terrae... (Visita o Interior da Terra...), mas para que isso seja
possível devemos obter a calma interior, abstraindo-nos das preocupações
profanas e fazendo Silêncio, para que o Venerável, então, possa dizer: Em Loja,
meus Irmãos. O verdadeiro silêncio é o que permite alcançar o estado de atenção
aberto à voz interior, ao conhecimento do Mistério (no sentido daquilo que não
está acessível aos não iniciados), por isso se diz que a atenção provoca a
lucidez. Não se trata aqui de uma atenção forçada, mas, sim, espontânea e
voluntária, sobre algo que realmente nos interessa. É um estado de alerta em
uma direção definida, o que o converte de fato em concentração (ir para o
centro de si mesmo), é o que encaminha
para o conhecimento e a tomada de consciência da atemporalidade, quer dizer, do
conhecimento Espiritual surgido da
profundidade e que desvela a Verdade. Em resumo, SILÊNCIO é a via para a
Contemplação Espiritual (e em Loja).
Renè Guénon, em suas “percepções
sobre a Iniciação”, nos diz que o Símbolo pode ser visual, sonoro ou estar em
ritos e alegorias. É somente por meio de sua meditação, e especulação, que
poderemos conseguir chegar ao Despertar do Homem Interior e ao alinhamento
deste com os Poderes do Universo que o rodeia de maneira consciente e efetiva.
Devemos viver e sentir com intensidade o que está se passando durante a
Abertura dos Trabalhos, porque nessa ocasião está sendo levado a cabo um
momento sagrado de expansão das nossas potencialidades, mediante forças
cósmicas que nos permitirão aceder às instalações do nosso Templo Interior, e
estar em contato com o mestre condutor que nos guiou e protegeu durante nossa
iniciação. A criação da verdadeira Egrégora coletiva se dará na medida em que,
todos os Irmãos, estejam conscientes de que estas coisas estão realmente se
passando, não sendo um simples formalismo necessário para poder começar a
Sessão.
O que se disse até agora? Que a
Abertura não é mais que um estado de Meditação especial, que nos levará a uma
Concentração tal que podemos nos colocar em contato com nosso Eu interno e
sentir as vibrações energéticas que permitirão obter a Grande Obra hermética: a
transmutação da matéria. Aqui entra em jogo a segunda parte do axioma....
“Invenies Ocultum Lapidem” (Encontrarás a Pedra Oculta). Para tanto, é de
grande importância nos despojar de todos aqueles pensamentos e preocupações que
podem desviar nossa atenção, e só deixar entrar aqueles pensamentos que possam
servir-nos de obreiros, no mais íntimo de nossa consciência. Nenhum pensamento
se acha sem influência sobre o caráter e a existência, senão que exerce segundo
sua qualidade, uma obra construtora ou destruidora, tanto em uma como em outra.
A educação maçônica, bem como
toda a educação individual, começa precisamente com o controle e a seleção
inteligente dos pensamentos que se admitem em nossa mente. Como diz Aldo
Lavagnini, não podemos evitar que aves voem sobre nossa cabeça, mas sim evitar
que elas pousem e façam seu ninho sobre a mesma. Da mesma forma, temos que
evitar que em nossa mente repousem aqueles pensamentos que não recebem a
aprovação do nosso melhor critério e de nossa consciência mais elevada; isto
corresponde à ordem que dá o Ven\M\ao 1º Vig.: para assegurar-se se estamos A
COBERTO DAS INDISCRIÇÕES PROFANAS. Ritualisticamente, o G.: do Temp.: informa
ao 1º Vig.:, e este ao Ven.: M.:, que se está cumprindo esta condição, mas aqui
salta uma dúvida que deixamos no ar: Será que, realmente, estamos a coberto,
quando vemos irmãos falando ou consultando seus relógios? Pitágoras dizia que,
para obter a verdadeira iniciação, teríamos que passar por um processo de
formação que permitisse ao iniciado ir desenvolvendo certas qualidades
especiais. Assim podendo passar do virtual ao real, com isso querendo dizer
que, para obter o Despertar da Consciência,
deve-se contar com certas qualificações. É por isso que o Ven.: M.: se
certifica, por intermédio dos VVig.:, se todos os presentes são Maçons e estão
à Ordem. Essa condição é necessária, mas não suficiente, já que se deve
cumprir, ainda, com uma condição temporal (que Pitágoras denominava as Três P:
Preparação, Purificação e Perfeição). Essa é a razão do Ven.: M.: perguntar o
tempo necessário para terminar a Obra, que começa no momento em que se obtém o
contato com nosso Mestre Interior, em Silêncio e em Loja, para que possamos
receber a maior Iluminação Espiritual possível: que é ao Meio-Dia. O diálogo
que se segue, entre o Ven.: M.:, os VVig.: e os DDiác.:, nos leva a especular
sobre o ato cósmico que se está levando a cabo, onde se passa do tempo profano
para um tempo sagrado, como já se disse anteriormente. Em outras palavras,
é fazer a correspondência entre o Micro
e o Macrocosmo, necessária para a Criação e a Recreação do nosso Templo Interior,
como o diz o 2º Vig.:. Isso fica corroborado quando o Ven.: M.:, em virtude dos
PODERES DE QUE ESTÁ INVESTIDO, evoca o nome do G.: A.: D.: U.:, a Egrégora da
Loja, gerada pela concentração dos irmãos presentes, e as forças superiores e
transcendentais, representada por todos os irmãos ausentes, desde a noite dos
tempos, os quais têm perpetuado a CADEIA INICIÁTICA, onde o Ven.: M.: é só um
ente transmissor. Depois de conseguir essas correspondências atemporais é que
podem ser declarados ABERTOS OS TRABALHOS.
O M.: de CCerim.: representa a
ligação entre nós e o Princípio Superior e Divino que mora no nosso interior. É
por meio dele que poderemos nos desenvolver DE ACORDO COM UMA ORDEM, pois é ele
quem vigia para que tudo esteja de acordo, colocando a ORDEM NO CAOS. É com a
ajuda desse Princípio, unido à prática do V.: I.: T.: R.: I.: O.: L.:, que se
conseguirá a Iluminação (o acendimento das Luzes), que nos permitirá entender o
Plano traçado pelo G.: A.: D.: U.: (leitura do Livro da Lei) e obter o
equilíbrio entre a Matéria e o Espírito (o Esquadro e o Compasso). Abrir a Loja
é escutar ao nosso Mestre Interior, que é a nossa Consciência, e isso pode
levar muito ou pouco tempo, dependendo de conseguirmos entender quais os passos
necessários a serem dados para chegar a esta meta, os quais deverão ser
cumpridos conforme formos subindo na escada do Simbolismo.
Guayana, abril de 2009.
Trabalho de Autoria do Ir.:
Antonio J. Velásquez
Membro da A.: R.: L.: S.: Hans
Hauschildt Nº 175
Oriente de Ciudad Guayana
Bibliografía.
GONZÁLEZ, Federico. Introducción
a la Ciencia Sagrada.
LAVAGNINI, Aldo. El Secreto
Masónico.
VALE AMESTI, Fermín. Cuadernos
Masónicos Nº 1.
Traduzido do espanhol pelo Ir.:
José Carlos Michel Bonato
http://sophia60.org/index.php?option=com_content&task=view&id=190&Itemid=35
sexta-feira, 19 de julho de 2013
TEORIA E PRÁTICA
Diálogo entre Exu e Oxalá
O céu e a terra fundiam-se no
horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação
entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.
Sentado sobre uma pedra em uma enorme
montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno
da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.
Como é difícil a humanidade – pensou
em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e,
em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão
simples acaba tão complicado.
Com os olhos habituados a enxergar na
escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu
pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades
premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita
normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos.
Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de
maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição. Exu suspirou.
Todos
os dias somos expostos a um bombardeio de informações. A maioria delas,
infelizmente, sobre coisas desagradáveis. São tantas que temos dificuldade de
guardá-las na memória. São os escândalos do senado e da câmara... O mensalão...
Os atos secretos... Operação Satiagraha... Operação Rodin... As passagens
aéreas dos deputados vendidas a particulares... Familiares usando telefones
celulares da câmara em viagens... Deputados estaduais cobrando diárias dormindo
na sua casa... Vereadores apresentando projetos de interesse de particulares...
Falsos cursos para vereadores encobrindo viagens de turismo... Hospitais
lotados... Pessoas esperando meses – quando não anos, por uma consulta no SUS...
Buracos em rodovias fazendo aniversário. Trânsito caótico... Sistema coletivo
parado nas horas de pico. Sistema de esgoto sem tratamento despejando toneladas
de sujeira todos os dias nos rios... Escolas públicas de péssima qualidade.
Prédios de escolas caindo aos pedaços... Servidores públicos mal pagos e
desmotivados... Estradas estaduais desaparecendo... Etc,etc,etc. Tudo isto
apenas no âmbito público. E no âmbito privado será que é diferente?
No
âmbito privado podemos citar a sonegação de impostos generalizada – justificada
pela péssima atuação de nossos governos... O desrespeito ao meio ambiente... O
desmatamento desenfreado na Amazônia... Na mata atlântica... A matança de
peixes nos rios por despejo de produtos tóxicos sem tratamento... O entupimento
do sistema de esgoto pluvial por acumulo de lixo que jogamos na rua... O uso
abusivo de embalagens... A participação fraudulenta de empresas em
licitações... O oferecimento de propina a funcionários públicos... O
desrespeito às leis de trânsito... O vantagismo de toda espécie... O furar a
fila do ônibus... O ocupar os assentos dos idosos e gestantes, etc, etc, etc.
Quando
nos propomos a fazer esta palestra pensávamos na distância que nos separa entre
o que achamos que é o correto e aquilo que praticamos. Mesmo tendo pouco tempo
de experiência no trabalho com a assistência da Choupana, pudemos notar que
mesmo aqui, um espaço dedicado ao nosso relacionamento com o sagrado, mesmo
aqui praticamos atos que na sua natureza não diferem daqueles que enumeramos há
pouco. Infelizmente, há pessoas que na busca de alguma vantagem são capazes de
mentir, de burlar as regras da casa, de forçar situações que colocam
trabalhadores em atrito uns com os outros. Outros deixam lixo jogado pelo chão,
jogam bitucas de cigarro em qualquer lugar, colam chicletes nos bancos. Alguns
chegam a ficar furiosos por estarem na frente ou atrás no número das fichas.
Pensando
em todos estes fatos ruins enumerados, cheguei a uma conclusão: tem alguma
coisa errada conosco. Será que nós teremos algum amparo nas nossas pretensões e
necessidades que apresentamos à espiritualidade agindo desta forma?
Lembro
que na palestra que o Norberto apresentou antes de nossa segunda sessão de Exus
ele falou muito sobre MERECIMENTO. Que todos nós trazemos uma carga cármica de
outras encarnações para trabalhar nesta encarnação visando a nossa evolução.
Que o carma que produzimos pode ser superado pelo MERECIMENTO, de tal sorte que
nesta ou em outra encarnação estejamos numa situação melhor. Mas, com este nosso
agir, estamos merecendo o quê? Nós temos consciência disso? Se temos, por que
não agimos diferente? Se sabemos em teoria o que deve ser feito e o que não
deve, por que insistimos numa prática que não leva ao MERECIMENTO?
Eu
não gosto de ficar falando apenas sobre coisas ruis e então vou propor uma
reflexão sobre algumas coisas que podemos fazer para nos mudar.
Antes
de qualquer coisa, temos que ter CONSCIÊNCIA do que nos acontece e do porque
estas coisas nos acontecem. Então, vamos fazer algo muito prático. Vamos nos
dividir em quatro partes: o que nós pensamos; o que nós sentimos; o que nós
falamos e o que nós fazemos. Estas são afinal as formas pelas quais nos
relacionamos com a realidade.
O que nós estamos pensando?
Nós
todos temos ouvido falar do poder do pensamento. A física quântica teoriza que
o que existe só existe a partir da ação pensante de alguém, cumprindo a máxima
hermética de que o universo é mental. Não há dúvida de que o pensamento cria,
para o bem o para o mal, o que vai nos acontecendo individual e coletivamente.
Mas vamos tratar mais do dia-a-dia. Nós acordamos e imediatamente o nosso
pensamento voa: os compromissos do dia, os problemas a serem resolvidos na
família e no trabalho. Somos uma máquina de pensar. O grande problema é que
esta máquina de pensar tende a se voltar para as coisas negativas, para os
riscos que corremos, nossos medos, nossas preocupações, nossas necessidades não
atendidas, nossas dificuldades, etc, etc, etc. De tal sorte que passamos a
maior parte do nosso tempo com pensamentos negativos. E isso é geral: a
humanidade passa a maior parte do tempo assim. E o pensamento cria. A realidade
acaba materializando nossos pensamentos.
Não
importa se acreditamos nisso ou não: é uma lei. Certa vez li uma frase que me
chamou a atenção: “Não importa o que você pense: você sempre tem razão.” E é
isso mesmo que quer dizer: o que nós pensamos acaba virando realidade para nós.
Você pensa: Veja a realidade como anda: violência, maldade, vícios... Como vou
acreditar em Deus? Pronto: você tem razão. Deus para você não vai existir. Você
mesmo criou esta realidade e vai vivê-la. Tudo dá errado comigo, não consigo um
emprego, uma namorada ou namorado, na minha vida nada da certo. Pronto: você
tem razão. Para você nada vai dar certo. Que coisa séria! Estou sempre doente,
fraco, sem força, coitado de mim. Pronto: você tem razão. Você é e será um
coitado.
Então
o que podemos fazer se essa é a realidade do que pensamos? O simples: vamos
mudar. Vamos buscar ocupar nossa mente com coisas boas para querer. Vamos ler
bons livros, ouvir boa música, ir ao cinema ver bons filmes, namorar, viajar,
passear, dançar, estudar e nos instruir, atividades enfim que mudem a
polaridade do nosso pensamento. É fácil? Não, não é fácil. Dá certo? Pode crer
que dá muito certo. Nossa mente vai para onde a levamos. Nós somos os
condutores do nosso pensamento e da nossa vida.
E o que nós estamos sentindo?
Para
tratar do que estamos sentindo vou voltar à física quântica e ao filme “Quem
somos nós.” Neste filme foi demonstrado que nosso corpo tem uma usina de
produtos químicos que nos fazem sentir coisas. Nós pensamos que estamos com
fome. Imediatamente é produzida no hipotálamo uma química que é injetada na
corrente sanguínea e que chega às células de nossos órgãos, tecidos, músculos, produzindo
um sentimento: fome, saudade, medo, alegria, tristeza. A criação de um padrão
mental acaba viciando nossas células e, em conseqüência, o nosso corpo.
Viciamos na comida, nos antidepressivos, na bebida, no sexo, nas novelas, no
futebol, etc. Então o que eu posso fazer para mudar essa situação? Mudar meus
pensamentos. A partir do momento que meus pensamentos estão vibrando no
positivo serei capaz de quebrar este círculo vicioso e meus sentimentos
corresponderão aos meus pensamentos: sentimentos positivos se positivos os
pensamentos, sentimentos negativos se negativos os pensamentos. É físico, é
lei.
E o que nós andamos falando e
fazendo?
Bem!
O que nós pensamos e sentimos acaba se expressando na realidade através do que
nós falamos e fazemos. Se tivermos bons pensamentos, teremos bons sentimentos.
E nossas palavras e ações serão da mesma natureza que estes pensamentos e
sentimentos.
Então
qual é o ideal? O ideal é que consigamos que haja uma correspondência entre o
que pensamos, o que sentimos, o que falamos e o que fazemos. Se conseguirmos minimamente esta
correspondência, seremos pessoas equilibradas, maduras e sadias. O que acontece
quando não há esta correspondência? Nós vamos de alguma forma pagar o preço:
enxaquecas, pequenas doenças, problemas emocionais, profissionais, vícios, etc.
Lembrando sempre que o caminho começa em nós. “Então cuidemos bem dos nossos
pensamentos, porque eles se transformarão em sentimentos; cuidemos bem dos
nossos sentimentos, porque eles se transformarão em palavras; cuidemos bem de
nossas palavras, porque elas se transformarão em ações; cuidemos bem de nossas
ações, porque elas se transformarão em hábitos; cuidemos bem de nossos hábitos
porque eles marcarão o nosso caráter; cuidemos bem de nosso caráter, porque ele
determinará o nosso destino.”
É
bom lembrar o seguinte pensamento: “nos preocupemos mais com o nosso caráter do
que com a nossa reputação, pois a nossa reputação é o que os outros pensam de
nós e o nosso caráter é o que realmente nós somos.”
Pensemos
também sobre algo muito importante. Como nós agimos normalmente quando
recebemos de outra pessoa uma notícia – para não dizer fofoca – que trata quase
sempre sobre o caráter ou a falta de caráter de alguém? Como nós falamos mal
dos outros facilmente. Como coisas que nem sabemos se são verdadeiras circulam
como se verdade fossem. Por que essa nossa facilidade em espalhar a maldade, a
desgraça, a difamação, sem o menor pudor?
Neste
sentido, uma prática pode também ser bastante útil no nosso dia-a-dia: o uso
das três peneiras de Sócrates. Quando alguém vier lhe falar sobre um assunto
que não é bom, sobre a vida alheia, use as três peneiras. Primeira peneira: o
que é tratado é verdade? Você tem certeza? Absoluta? Segunda peneira: o que é tratado é bom? Faz
bem a alguém? Se o assunto sobreviveu às duas peneiras iniciais, aplique-lhe a
terceira peneira: o assunto em questão é útil para o quê? Resumindo, não
sejamos veículos de coisas ruins, de maldades, de injustiças. Utilizemos o
nosso precioso tempo na vida com o que é bom, bonito, verdadeiro, útil.
Tratemos-nos bem para que o mundo nos trate da mesma forma. Vamos dar o
exemplo. Vamos MERECER o que buscamos, pois o MERECIMENTO é o motor da
evolução. É a união da teoria com a prática.
Do “Diálogo entre Exu e Oxalá.” Pelo
Templo Tião D'angola e Boiadeiro Sete Porteiras.
Então, companheiro Exu, não temos
porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos
trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão
muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de
“direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda.
Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada.
Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa
estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o
progresso da raça humana, que tanto depende de nós.
sábado, 13 de julho de 2013
LOJA ABERTA DE JULHO
No dia 31-07-2013 teremos mais uma Loja Aberta, com exposição sobre o tema "Iniciação Maçônica", especialmente destinada àqueles interessados em serem iniciados em nossa Loja.
Por volta das 20:00 horas os visitantes serão convidados a adentrarem no templo.
terça-feira, 9 de julho de 2013
O PENSAMENTO E A FÍSICA QUÂNTICA
Professor Moacyr Costa de Araújo Lima
Antes do advento do paradigma quântico-relativístico, a ciência oficial nada tinha a declarar sobre o pensamento, sua possibilidade de transmissão e interferência na matéria. Acreditava-se que, no máximo, o pensamento poderia influenciar atitudes positivas ou não do pensador, podendo criar situações de autossugestão, com resultados sempre limitados e discutíveis.
A ciência acadêmica nos descrevia um universo pronto e acabado, cabendo-nos apenas observar suas leis, sem que sobre elas tivéssemos a menor possibilidade de interferência. Essa posição é um corolário adotado pela concepção newtoniana do universo-máquina e consagrada nos postulados do materialismo realista.
Entretanto, bem antes do exame filosófico dos postulados da Física Quântica, disciplinas científicas, como a parapsicologia, hoje conhecida como ciência noética, realizavam experiências, comprovadas por métodos estatísticos probabilísticos, demonstrando a possibilidade de transmissão do pensamento, o que restou catalogado como telepatia.
Na década de 70, do século passado, as jornalistas americanas Sheila Ostrander e Lynn Schroeder 1, em viagem pela então União Soviética, relatam uma série de experiências na área chamada para normal, em que se verificava, independentemente de distância, a transmissão do pensamento.
Hernani Guimarães Andrade 2 noticia interessantíssimo experimento realizado pelo pesquisador russo Leonid Vassiliev. Nessa experiência, conseguiu-se hipnose por telepatia, estando hipnólogo e sensitivo em salas separadas, com as paredes feitas de chumbo e emendas em mercúrio. Vale dizer que nenhuma radiação eletromagnética conhecida poderia se transmitir de uma sala a outra. As primeiras conclusões apontavam para a possibilidade tetradimensional da chamada onda produzida pelo pensamento.
Atualmente Dean Raskin, ph.D. 3, realiza experiências semelhantes. Coloca em salas separadas, com as mesmas características daquelas acima descritas, pessoas, conhecidas ou não, uma em cada sala, com suas cabeças ligadas a pet-scanners, aparelhos de alta sensibilidade, registradores das ondas cerebrais. Um dos sujeitos da experiência recebe uma série de flashes luminosos em seus olhos. Na outra sala, as ondas cerebrais do outro participante do experimento sofrem alterações, como se o cérebro houvesse recebido os estímulos correspondentes a setenta por cento dos recebidos pelo outro colaborador.
Segundo Raskin, a experiência comprova, como tantas outras do mesmo gênero, que seria exaustivo elencar, a lei fundamental da Física Quântica, segundo a qual nada no Universo está isolado, chamada Lei da Interconectividade ou do Emaranhamento.
Raskin é também responsável pela criação dos chamados geradores aleatórios. São máquinas, colocadas em diferentes lugares que, ao longo do dia, emitem aleatoriamente os algarismos zero e um. Ao final de 24 horas, como num jogo de cara ou coroa, o número de algarismos, zero e um, deve ser praticamente o mesmo. No entanto, acontecimentos que envolvem grandes emoções, responsáveis pela emissão em bloco de pensamentos semelhantes, alteram a paridade dos algarismos.
Essas máquinas foram instaladas no tribunal e em vários pontos dos Estados Unidos, por ocasião do julgamento do atleta O. J. Simson. Assim, havia delas em locais públicos, onde as pessoas se reuniam para assistir ao julgamento televisado para quase todo o país. Nos momentos de maior impacto, de grande emoção e consequente liberação de energia, desaparecia o equilíbrio entre os algarismos emitidos, com larga predominância de um deles.
Por ocasião do atentado às Torres Gêmeas, a verificação dos registros dos geradores mostrou que, desde que o plano foi posto em andamento, começou a se ampliar a diferença entre o número de algarismos emitidos, chegando essa diferença ao máximo por ocasião da colisão do primeiro avião com uma das torres. A Física Quântica, que trouxe definitivamente a consciência do observador como elemento atuante nos fenômenos físicos, nos demonstra o fato de ser o pensamento uma forma de energia, transmitida através de espaços com mais de três dimensões.
Em 1935, foi realizada a experiência que revolucionou a lógica tradicional e os conceitos mais ortodoxos da ciência: a experiência da dupla fenda. Nela, elétrons lançados contra uma chapa com dois orifícios, às vezes se comportavam como onda, produzindo um padrão de interferência e, às vezes, se comportavam como partículas.
As consequências técnicas surgiram de pronto. Mas muito tempo passou até que os cientistas tivessem a coragem de fazer a pergunta cuja resposta causava temor aos ortodoxos: O que é que faz o elétron assumir um comportamento ou outro? E chegaram à mais revolucionária conclusão da ciência contemporânea: “A consciência do observador”, o pensamento do observador.
Os físicos começaram a falar em grau de consciência das partículas. O elétron, como consciência menor, tentando comportar-se de modo a satisfazer a expectativa de uma consciência maior. Uma confirmação das afirmações de Kardec 4, ao postular a existência de uma consciência em desenvolvimento, do átomo ao Arcanjo.
Hoje sabemos que as partículas subatômicas mudam de comportamento ao passarem de não observadas para observadas. O simples ato de medir altera seu comportamento, logo não há mais um observador apartado do observado e sim uma interconexão. Esta, para Stuart Hameroff, diretor do Centro de Estudos da Consciência da Universidade do Arizona, é uma das melhores confirmações da espiritualidade.
A respeito da influência do pensamento sobre a matéria, encontramos em Fritjof Capra: “Minha decisão consciente sobre a forma como vou observar um elétron irá, até certo ponto, determinar-lhe as propriedades. Se eu fizer uma pergunta própria de partícula, ele me dará uma resposta de partícula.
Se eu fizer uma pergunta própria de onda, ele me dará resposta de onda”. Para Capra, o observador não é necessário apenas para observar as propriedades de um fenômeno atômico, mas é necessário até para causar essas propriedades.
William Tiller, ph.D., criou um aparelho eletrônico chamado holodeck. É um verdadeiro materializador de pensamentos. Assim, colocando meditadores próximos ao aparelho, concentrando-se no pensamento de que esse aparelho adquirirá a propriedade de fazer o ph da água baixar uma unidade, esse pensamento outorga ao equipamento a propriedade desejada.
Vê-se, então, que para a Física Quântica, num universo entrelaçado, o pensamento é uma forma de energia que nos guindou da posição de meros observadores para participantes, utilizando a expressão do físico John Wheeler. Candace Pert 6 revelou que, através de nossos pensamentos e emoções, produzimos, no hipotálamo, químicos que irão alimentar nossas células de modo benéfico ou prejudicial. Por isso, o perdoar,
mudar a faixa vibratória, é de extrema utilidade para quem perdoa, pois é este quem se beneficia e se liberta. A Física Quântica explica porque Jesus mandou perdoar.
E os cientistas se interrogam: Quem é o observador? Quem produz o pensamento? E William Tiller, Fred Allan Wolf e Amit Goswami, entre outros, não titubeiam ao responder: O espírito.
Referências:
1. OSTRANDER, Sheila & SCHROEDER, Lynn. Experiências Psíquicas além da Cortina de Ferro. São Paulo, Ed. Best Seller, 1966
2. GUIMARÃES ANDRADE, Hernani. Parapsicologia Experimental. Ed. Centro Espírita do Calvário,1967
3. RASKIN, Dean. Entangled Minds. Ed. Harper Collins
4. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livraria Allan Kardec Editora. São Paulo.
5. KAPRA, Fritjof. O Tao da Física. Ed. Cultrix. São Paulo, 1984
6. PERT, Candace. Molecules of Emotion. Ed Scribner. New York. 2003.
domingo, 7 de julho de 2013
OS SUBLIMES MISTÉRIOS
Os mistérios Druídicos
Os druidas constituiram uma ordem sacerdotal de homens e mulheres instruídos, sob a direção de um Arquidruída, entre os antigos povos celtas na Bretanha, Irlanda e Gália (França). Cultuavam inúmeros deuses identificados com Mercúrio, Apolo, Marte, Júpiter e Minerva e sua origem dada dos ensinos de Orfeu. A lira de Apolo se tornou a harpa de Anjos, o deus do amor, e o culto a Deus se traduzia na divina beleza manifestada através da música.
Em seus mistérios eram submetidos homens e mulheres e exigiam muita purificação física e mental. A iniciação se dividia em períodos trimestrais, durante os equinócios e solstícios e compreendia três graus: Eubates, Bardos e Druidas. Os principais mandamentos impostos eram: obediência às leis divinas, interessar-se pelo bem-estar da humanidade e suportar com fortaleza todos os males da vida, durante o período probatório. Terminado este, o candidato devidamente vestido de branco, azul e verde era encerrado em uma tumba, onde, em jejum, permanecia durante três dias, no fim do qual estava pronto para a iniciação. Após a iniciação , o iniciado jurava guardar segredo desse mistério e era considerado como renascido do ventre da deusa Ceridiem, livre de todas as impurezas e de toda imperfeição.
Em seus mistérios eram submetidos homens e mulheres e exigiam muita purificação física e mental. A iniciação se dividia em períodos trimestrais, durante os equinócios e solstícios e compreendia três graus: Eubates, Bardos e Druidas. Os principais mandamentos impostos eram: obediência às leis divinas, interessar-se pelo bem-estar da humanidade e suportar com fortaleza todos os males da vida, durante o período probatório. Terminado este, o candidato devidamente vestido de branco, azul e verde era encerrado em uma tumba, onde, em jejum, permanecia durante três dias, no fim do qual estava pronto para a iniciação. Após a iniciação , o iniciado jurava guardar segredo desse mistério e era considerado como renascido do ventre da deusa Ceridiem, livre de todas as impurezas e de toda imperfeição.
Os mistérios egípcios
Estes mistérios eram instituições públicas, mantidas pelo Estados; eram centros de vida nacional e religiosa, os quais eram frequentados por todas as classes sociais. Eram constituídos de vários graus e duravam muitos anos. Os que passavam por todos os graus, homens e mulheres, eram considerados ocultos, pois adquiriam os conhecimentos deste mundo e uma nítida compreensão de seu futuro após a morte e das leis que regem os mundos superiores. Os ensinamentos internos e superiores permaneciam selados para o povo, ainda não suficientemente preparado para aprendê-los. Todavia, praticamente toda população egípcia sabia destes mistérios, de tudo que relacionava com a vida depois da morte e de como preparar-se para enfrentá-la corajosamente. Os pormenores dos ensinamentos eram ministrados aos iniciados nos mistérios, até admití-los sob solenes juramentos de guardar absoluto segredo. Das instruções constavam os ensinamentos dos rituais de iniciação, da morte e da ressurreição. Os rituais de iniciação eram realizados nas câmaras das pirâmides. As cerimônias dos mistérios visavam representar a evolução superior do homem, seu retorno à Fonte Divina, donde ele veio, através do desenvolvimento de sua natureza superior. Estes mistérios se classificavam em mistérios menores ou de Ísis e em mistérios maiores ou de Serápis e Osíris. Os primeiros correspondiam ao primeiro grau, de aprendiz, na maçonaria e os segundos, ao segundo e terceiro grau, companheiro e mestre, na maçonaria. Ao iniciado nos mistérios menores, se ensinava a condição da morte após a morte física, sua vida no astral, no Hades ou purgatório; ensinava-se o sentido do que dissera Ísis: "-Eu sou a natureza, a mãe de todas as coisas, a soberana dos elementos, a matriz do tempo" e ministrava-se os conhecimentos de gramática, lógica, retórica, aritmética, geometria, música e astronomia. Aos iniciados nos mistérios maiores, no de Serápis, segundo grau, companheiro na maçonaria, aprofundava-se os conhecimentos de ciência e filosofia, e o estudante empreendia um curso mais adiantado do mundo oculto, aprendia-se sobre o plano mental, o Devacan, o Sukhâvati, o céu, o Nout, a Câmara do meio, os Campos Elísios e os iniciados aprendiam o domínio da mente e o desenvolvimento das suas faculdades internas. Nos mistérios de Osíris terceiro grau maçônico, mestre, o candidato tinham de passar pelas representações simbólicas do sofrimento, morte e ascensão de Osíris, o que incluía suas experiências entre morte e a ressurreição, quando ele subia ao Amenti e se tornava o juiz dos mortos, que a cada alma sentenciada a sua medida de felicidade ou seu retorno a uma nova encarnação terrena para um ulterior autodesenvolimento. A instrução dada referia-se à região do mental abstrato, do plano causal, do terceiro céu, de Nout, onde o iniciado vencia e se liberava de todas as ilusões. O povo egípcio celebrava essa liberação com festas públicas que correspondem às festas católicas atuais da Sexta-Feira Santa e dia de Páscoa.
Encontra-se aí a semelhança deste mistério com o suplício, crucificação, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Será pura coincidência ou copilação?
Além desses três graus haviam outros maiores.
Os principais centros de ensinamentos egípcios foram: Sais, Mênfis, Tebas e Heliópoles.
Encontra-se aí a semelhança deste mistério com o suplício, crucificação, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Será pura coincidência ou copilação?
Além desses três graus haviam outros maiores.
Os principais centros de ensinamentos egípcios foram: Sais, Mênfis, Tebas e Heliópoles.
Mistérios Mitríacos
Foram difundidos na Ásia, África e Europa e neles dominava um acentuado estilo militar e demandava de seus fiéis uma pureza quase acética, sendo Mitra, o salvador da humanidade. Este culto de espalha notadamente entre os soldados romanos, os quais construíram inúmeros templos em honra de Mitra. O sistema compunha-se de sete graus: Corax, Eryphius, Miles, Leo, Perses, Heliodramus e Peter. Este culto era próprio para homens e constituía uma fraternidade de armas.
Mistérios Judaicos
Fundados por Moisés, sofre a influência dos mistérios Egípcios como cita o Êxodo 7:8-12 e 4:1-5. Posteriormente, foram fundadas escolas de profetas, para estudo e prática dos mistérios e instruções mais profundas, velados nos antigos ritos. Muitas dessas escolas são citadas na Bíblia, como a de Naisth, de Gilgar, Belthel e Jericó, posteriormente substituídas pelas sinagogas. Na época de Jesus, havia as escolas dos Essênios, Nazarenos, Saduceus, Fariseus que, apesar de terem desaparecidos, influenciaram o cristianismo e outras escolas filosóficas.
Tal como havia previsto Hermes Trimesgistro, nas tábuas Esmeraldinas, estas escolas desapareceram debaixo do jugo romano e das perseguições empreendidas pela Igreja sob as mais diversas formas.
Entretanto, muitas delas procuravam se adaptar às novas circunstâncias, aos novos tempos, tornando-se ocultas, mudando de nomes ou de forma de atividades, fundindo-se com outras escolas, de modo a poderem preservar o patrimônio cultural e espiritual da humanidade, até tomarem as características que apresentam hoje.
Foi traçado em linhas gerais, algumas escolas místicas da antiguidade e seus princípios gerais que independentemente dos rituais e cerimônias adotadas, constituía os seus ensinamentos fundamentais.
Vimos que todas elas tinham como simbolismo um mito ou uma lenda que encobriam profundos ensinamentos espirituais que retratavam a criação, os estágios do desenvolvimento do homem e do mundo, bem como as leis ocultas e dos poderes divinos, e do destino da alma humana, ao mesmo tempo que tratavam de estimular a criação das virtudes, da fraternidade e da moralidade, pelo cultivo e domínio do corpo físico ou sublimação dos sentimentos inferiores e o desenvolvimento e aprimoramento das faculdades mentais.
Aquelas escolas eram classificadas em menores ou exotéricas e maiores ou esotéricas, mas ambas buscavam o aperfeiçoamento pessoal, auto-realização ou a salvação através da imitação e da adoração a um modelo exterior, do qual dependia a sua alma.
A salvação não era o resultado da sua evolução pessoal, mas era devido a graça de um poder maior que devia ser adorado e ao qual lhe devia o atributo do ritual.
O misticismo é, portanto, uma escola, um caminho de dependência e da necessidade de projetar a sua necessidade de segurança para alguém de fora. É um caminho de vinculação Filho-Pai, de eu não tenho, tu me dás.
É uma escola válida para aqueles que se sentem crianças, para os que ainda não amadureceram espiritualmente.
Ela é útil e válida para um determinado estágio do desenvolvimento moral e espiritual, notadamente, para aqueles que estão no estágio emocional.
Se és um místico de qualquer escola ou ordem, mas desejas conhecer a tua religião, estuda-a e procuras por ti mesmo, a tua religiosidade íntima, independentemente do que te ensinaram e te disseram, e sejas tu mesmo o que escolhes o caminho.
Tal como havia previsto Hermes Trimesgistro, nas tábuas Esmeraldinas, estas escolas desapareceram debaixo do jugo romano e das perseguições empreendidas pela Igreja sob as mais diversas formas.
Entretanto, muitas delas procuravam se adaptar às novas circunstâncias, aos novos tempos, tornando-se ocultas, mudando de nomes ou de forma de atividades, fundindo-se com outras escolas, de modo a poderem preservar o patrimônio cultural e espiritual da humanidade, até tomarem as características que apresentam hoje.
Foi traçado em linhas gerais, algumas escolas místicas da antiguidade e seus princípios gerais que independentemente dos rituais e cerimônias adotadas, constituía os seus ensinamentos fundamentais.
Vimos que todas elas tinham como simbolismo um mito ou uma lenda que encobriam profundos ensinamentos espirituais que retratavam a criação, os estágios do desenvolvimento do homem e do mundo, bem como as leis ocultas e dos poderes divinos, e do destino da alma humana, ao mesmo tempo que tratavam de estimular a criação das virtudes, da fraternidade e da moralidade, pelo cultivo e domínio do corpo físico ou sublimação dos sentimentos inferiores e o desenvolvimento e aprimoramento das faculdades mentais.
Aquelas escolas eram classificadas em menores ou exotéricas e maiores ou esotéricas, mas ambas buscavam o aperfeiçoamento pessoal, auto-realização ou a salvação através da imitação e da adoração a um modelo exterior, do qual dependia a sua alma.
A salvação não era o resultado da sua evolução pessoal, mas era devido a graça de um poder maior que devia ser adorado e ao qual lhe devia o atributo do ritual.
O misticismo é, portanto, uma escola, um caminho de dependência e da necessidade de projetar a sua necessidade de segurança para alguém de fora. É um caminho de vinculação Filho-Pai, de eu não tenho, tu me dás.
É uma escola válida para aqueles que se sentem crianças, para os que ainda não amadureceram espiritualmente.
Ela é útil e válida para um determinado estágio do desenvolvimento moral e espiritual, notadamente, para aqueles que estão no estágio emocional.
Se és um místico de qualquer escola ou ordem, mas desejas conhecer a tua religião, estuda-a e procuras por ti mesmo, a tua religiosidade íntima, independentemente do que te ensinaram e te disseram, e sejas tu mesmo o que escolhes o caminho.
Mistérios Nórdicos
Sua origem se deve aos citas e é citado por Jeremias-4:5-7,46 e Colossenses-3:11. Compreendiam três grandes festividades anuais: a primeira, a mais importante era celebrada no solstício de inverno, dedicada a Thor, filho de Odin e de Friga; ou Fréya, a mãe dispensadora de graças; e a terceira, tributada a Odin. Os mistérios se prendem a linha do assassinato de Balder pelo Hoder e de sua ressurreição, identificando-se na de Osiris e Tifão, de Tammy e Izelubar, de Krishna e Kansa de Cristo e Caifos. A iniciação era uma representação simbólica da ressurreição de Bauder de sua vitória sobre a morte.
Mistérios Gregos, os de Eleusinos
Atribui-se sua origem a Orfeu e seus iniciados foram Píndaro, Sófocles, Isócrates, Plutarco, Heródoto, Platão, Cícero e muitos outros. Os mistérios Eleusinos se dividiam em dois grupos: os menores e os maiores, e cada grupo se subdividia em duas partes: uma exotérica e outra esotérica. Os mistérios menores eram celebrados no templo de Deméter e Coré, em Agra, em Atenas, no mês de março, pelo equinócio da primavera. Os ensinamentos ministrados referiam-se ao conhecimento da vida no astral, bem, como na significação dos mitos de Tântalo, Sísifo, Títio,visando o desenvolvimento moral do candidato, em sua vida honrada e digna. Neste grau, o iniciado recebia o nome de Mistal. Os mistérios maiores eram celebrados no mês de setembro, em Eleusis, inicialmente em celebração pública e depois no templo, entre os iniciados. Neste grau, ensinava-se os mistérios do astral e do plano mental, o domínio e purificação do corpo astral e do mental, fazia-se a interpretação das lendas Proserjisia, Coré, de Narciso, Minotauro, Teseu, Ariádno, e da morte de Baco pelos Titãs. Culminava o cerimonial com exposição de uma espiga de trigo, como símbolo da eterna criação e evolução através de novas formas para alimentar outras formas de vida. Muitos estudiosos vêem esses simbolismo como analogia da última ceia de Jesus, da cerimônia do pão e do vinho, da eucaristia.
Além desses mistérios, que correspondem aos graus superiores, havia também os mistérios ocultos que eram só do conhecimento dos iniciados.
Além desses mistérios, que correspondem aos graus superiores, havia também os mistérios ocultos que eram só do conhecimento dos iniciados.
Je.'.
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