À GL.'. do G.'. A.'. D.'. U.'.
Augusta e
Respeitável Loja Maçônica Simbólica Mista
Triângulo da
Fraternidade
S.'.
F.'. U.'.
Primeira
peça de arquitetura do grau de Aprendiz Maçom.
Tema
solicitado pelo Ir.'. 2º Vig.'. - Iniciação ao Grau de Aprendiz (Impressões)
Durante o momento em que fui vendado e comecei minha
jornada, pensei na Criação Divina, que eu considero um magnífico espetáculo, e
na capacidade humana de representar nossa jornada evolutiva por intermédio de
símbolos contidos nas iniciações e nos estudos das organizações iniciáticas. Caminhei imaginando como se estivesse
percorrendo túneis. Ao terminar minha jornada, sentei-me e Meditei a respeito
da iniciação que eu estava realizando, e a respeito da geometria que iria me
cercar, que está muito presente e oculta através dos símbolos maçônicos, numa
tentativa de buscar uma razão para explicar por que eu estava ali, naquele
lugar, naquele momento específico. Quando eu permaneci na câmara da Reflexão
para assinar os papéis, e me deparei com a caveira, comecei a relembrar minha
trajetória de vida, das inúmeras iniciações que eu já realizei, tentando buscar
respostas para a minha existência. Pensei que este não é um novo momento, mas
um velho momento, onde espaço e tempo se tornam inexistentes. Pensei que
aquele, era apenas mais uma etapa em minha vida, uma etapa que eu ainda não sei
o motivo, ou o por que de eu estar ali, pois já estive em tantos lugares, em
tantos momentos, e todos serviram para algo, para me transformar no que hoje eu
sou, ou penso ser, ou no que ainda vou me transformar. Ainda não sei o
verdadeiro motivo que me impeliu para que eu
adentra-se neste templo, nesta antiga ordem iniciática e filosófica. Mas
sei, tenho plena certeza, por razão de experiências neste campo, que nada
acontece por acaso, que tudo tem sua razão de ser. Vivenciei este momento
iniciático, tendo a certeza, de que, o que realmente importa não são as letras
ou as palavras, mas, sim, a vivência pessoal que cada um experimenta nesses
locais iniciáticos. Sei que, todos os livros são as janelas do conhecimento,
mas não são as portas, apontam coisas aos homens, mas não as dão de fato,
(SanMartin). E, é desse modo, que eu ha muito tempo encaro o auto conhecimento,
ou seja, não busco em livros ou em homens, mas sim em meu ser interior, onde
todas as resposta se encontram já em sua plenitude máxima. Mas, também, sei que
os livros, os símbolos e as alegorias, os rituais, nos trazem um caminho a ser
seguido, nos fornecem um princípio simbólico de entendimento das coisas
vivenciadas por todos os iniciados.
Meditando
durante a iniciação, eu pensava, que, o que realmente importa numa iniciação,
ou em toda iniciação, seja onde for, é que a egrégora é o ponto culminante de
toda forma de iniciação, desde as mais primitivas e simples, até as mais
elaboradas e refinadas, pois todos as iniciações possuem uma finalidade em
comum, ou seja, a finalidade de nos ligar a outras almas que buscam um objetivo
comum para todos, embora a forma de entendimento de cada um seja individual e
pessoal. São diversos rios, diversos entendimentos, diversas formas de pensar
Deus, mas devemos ter sempre em mente, que todos os rios deságuam num único e
imenso oceano. Este oceano, representa a união de todas as almas. Antes da
queda, todas as almas eram interligadas numa única fonte e modo de existir, mas
após a queda, houve a confusão, os véus baixaram em frente aos olhos de cada
alma individualmente, e cada uma começou uma jornada pessoal e diferente, numa
busca ininterrupta, através de inúmeras encarnações no mundo das multiplicidades
terrenas. Mas, no decorrer dos tempos, no suceder das encarnações, estas almas
começaram novamente a se reagrupar, e desse modo, começaram as inúmeras
egrégoras, iniciações, ordens, religiões, filosofias, etc. Por que, no final,
tudo retornará ao começo. Lembrando que todas as almas apenas poderão retornar
ao paraíso, ao seu local de origem, juntas, nada chega ao pai individualizado,
a não ser por intermédio de Ostes cósmicos, ou das Ostes terrenas, e mesmo
assim, estas Ostes Cósmicas e terrenas formam egrégoras para poderem acessar ao
Criador. Enquanto isto não acontece, enquanto não retornamos ao nosso local de
origem, onde a evolução acontece pela vida, e não mais pela morte como ocorre
em nosso mundo terreno, nós humanos, aprendizes, eternamente aprendizes, independente
do grau de consciência ou das iniciações que temos, nos unimos em egrégoras por
intermédio dessas iniciações realizadas nas ordens iniciáticas, em religiões ou
filosofias. Tudo isto, de algum modo, se passou em minha cabeça no momento da
minha iniciação ao grau de Aprendiz, grau este, que eu pretendo nunca esquecer,
de que, "sempre serei um eterno Aprendiz", pois este é um dos
objetivos do trabalho maçônico, lembrar de que sempre seremos aprendizes neste
mundo, e que devemos utilizar estes momentos de estudos para despertar na busca
do conhecimento oculto que aparentemente parece estar distante, mas que pode
estar ao nosso lado, ou dentro de cada um de nós.
Tudo isto, eu expresso, em nome do
Nosso Senhor, Criador de todas as coisas, do Grande Arquiteto do Universo.
Or.'. de Porto Alegre, 21 de setembro de
2013. da E.'. V.'.
Vinicius dos Santos
Apr.'. M.'.
Bibliografia:
Sanmartin, Louis Claude de - Monografia
Martinista.
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