• O ser humano busca construir sua felicidade, e para isso tenta conquistar o conforto e bem estar material, para si e para seus familiares;
• Muito cedo, nesta busca, passa a perceber que só o que a matéria, os recursos financeiros, pode proporcionar, não é o suficiente para completar a felicidade pretendida;
• Depara-se o ser humano com os problemas com a saúde física, com a saúde mental e com a saúde espiritual, e percebe que, na maior parte das vezes, o que conquistou com a matéria, com os recursos financeiros, não podem lhe garantir o equilíbrio nesses campos, pois ser saudável é indispensável para que a pessoa seja feliz.
• Há um antigo ditado, dos tempos da antiga civilização greco-romana, que nos alerta para “...corpo são numa mente sã...”, sendo um impossível sem o outro.
• Algumas doutrinas de cunho religioso também nos alerta desse fato, explicando que o complexo humano, constituído de Espírito, Perispírito e Corpo Físico, formam um todo interativo, onde cada parte afeta a outra, ou seja, desequilíbrios do espírito afetam a saúde do corpo (entendido aí todo o complexo psicossomático, energético e orgânico) e vice-versa.
• Sendo a felicidade um estado a ser construído, que só é alcançado quando a pessoa atinge o equilíbrio espiritual, mental, energético e físico, fica mais fácil entender por que a busca e a obtenção dos recursos materiais, pura e simplesmente, é incapaz de garantir (ou de comprar) a felicidade;
• A felicidade não é transmissível, herdável, doável, passível de aquisição ou de empréstimo, por ser uma conquista eminentemente pessoal, que deve ser construída e apreendida;
• A felicidade, portanto depende do equilíbrio do ser nos campos físico, mental e espiritual;
• Claro que as “dores” da vida (sofrimentos), sejam elas físicas ou espirituais, são um chamado para que a pessoa busque o seu reequilíbrio, que reencontre o caminho da harmonização;
• Cada vez que enfrentamos “sofrimento”, que sentimos “dores” é, na verdade, nosso sistema de auto-proteção que disparou o seu “alarme”, nos indicando um caminho trilhado errado, um passo dado em falso, uma necessidade de correção de rumos, de reequilíbrio;
• E esse reequilíbrio, essa correção de rumos, deve ser buscado e alcançado, apesar da dor e do sofrimento, pois essa situação só cessará quando a causa que lhe deu origem for “corrigida”;
• Quem busca alívio para suas dores, deve assumir plena responsabilidade sobre a sua própria vida, garantido as condições para seu reequilíbrio, pois em caso contrário pode vir a se decepcionar com as religiões, com a ciência ou ainda ser vítima fácil do embuste, da picaretagem, da charlatanice;
• Na busca do equilíbrio espiritual e do equilíbrio mental, é necessário a real mudança de pensamentos, atitudes e comportamentos, buscando a ligação verdadeira com o Ser Criador (Deus) e com a Natureza;
• A “cura” do espírito é um processo natural, onde a boa “cicatrização” ocorre de dentro para fora, o que só é possível quando a “ferida” está em contato com a atmosfera saudável da Verdade e da Sinceridade.
• A fuga de enfrentar a dor, o sofrimento e a necessidade efetiva de mudar, que se constitui em comodismo doentio, leva muitas pessoa a falsear a verdade, a aceitar a mentira ou falsidade, a deixar de lado o espírito crítico e o bom senso, abrindo assim espaço para diferentes formas de enganos, falta de verdade e até de falsidade, conscientes ou inconscientes;
• Normalmente, as pessoas nessa situação acabam adotando o meio como fim, a forma como fundo, o rito como objetivo, tornando o ato ou prática religiosa (ou mística) uma sucessão de práticas exteriores, que em nada contribuem para sua ligação com os padrões mais altos da Criação;
• O Universo, a Natureza, está toda impregnada da presença Divina, das energias superiores da Criação, que harmonizam e estabelecem a ordem universal;
• Para estarmos em equilíbrio e harmonia, condição indispensável para a felicidade, necessitamos, portanto, sintonizar com a faixa de energias superiores;
• A esse processo de sintonia, chamamos de “espiritualização”, ou seja, a integração de nosso espírito com o Universo, com a presença de Deus, com o cumprimento da Lei Divina ou Natural, em todos os momentos de nossa vida;
• Para o reequilíbrio e na busca da felicidade, o indivíduo deve se equilibrar e harmonizar internamente (mental e espiritualmente) primeiro, para que isso também se manifeste no seu exterior;
• É necessário que a pessoa que busca o equilíbrio utilize o bom senso, o discernimento e o esquecimento da dor, utilizando sua sabedoria para perceber que não há uma clara “linha divisória” entre o que é material e o que é espiritual, pois tudo na natureza se interpenetra e se completa;
• Fazer algo “em nome de Deus” não é garantia alguma de que isso seja certo ou bom, sendo que a história humana, antiga e recente, está cheia de exemplos disso;
• Também não é suficiente que se creia em alguma coisa “divina” ou “sobrenatural” para que as causas de sofrimento, dor ou desequilíbrio desapareçam;
• No processo de espiritualização, é indispensável que a pessoa compreenda o modo como funciona seu egoísmo e comodismo na vida cotidiana, de modo que possa ir eliminando, pouco a pouco, mas com passos firmes e decididos, essas duas grandes “pragas” (egoísmo e comodismo) de sua vivência, prática e militância na vida social, na religião ou atividade espiritualista;
• O Mestre Jesus nos disse que toda a Lei do Universo pode ser resumida em “... Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo...”;
• O Mestre nos deixou ainda um grande axioma de aplicação prática, vital para quem busca a felicidade: “...fazei aos outros apenas o que queiras para vós mesmos...”;
• A natureza, em todas as suas formas e manifestações, é Obra Divina, e merece ser amada e respeitada. Quem busca a felicidade, a espiritualização, ama, respeita e protege toda a natureza e toda a Criação Divina, inclusive seu próprio patrimônio físico (corpo);
• Sem sombra de dúvida, a construção da felicidade, a espiritualização, o equilíbrio espiritual, físico, mental e energético passa pela construção diária, pela aplicação minuto a minuto da Lei do Amor, em todos os atos da vida, pelo respeito e amor ao semelhante e a natureza;
• Essa é a verdadeira RELIGIÃO, aquela que nos liga verdadeiramente com Deus;
• Os templos, as seitas , as doutrinas, as filosofias de vida cumprem, todas elas, apenas o papel de coordenação do processo de aprendizagem, onde o agente ativo da transformação, o TEMPLO VERDADEIRO, está dentro de nós mesmos.
“Quem não provou amarguras,
No vale humano da dor,
Nada entende de doçuras,
E desconhece o que é o amor;
Amarguras são o manto dos que amam com ardor.”
Poema captado por São João da Cruz durante um êxtase
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