UMA LOJA MISTA É COMPOSTA POR HOMENS E MULHERES
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
CONVITE
SE VOCÊ É MESTRE MAÇOM, VENHA INTEGRAR NOSSA EGRÉGORA. SOMOS POUCOS E NECESSITAMOS DE NOVOS OBREIROS PARA DESENVOLVER PLENAMENTE O PROGRAMA NO ANO DE 2012. VENHA CONVERSAR CONOSCO!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
SEXTA PALESTRA - PARTE 2
Finalizando o ciclo de palestras sobre "O Conceito Rosacruz do Cosmos"
Sexta Palestra - 2ª Parte
PARTE VI – OS MUNDOS FÍSICO, DO DESEJO E DO PENSAMENTO E O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL DO SER HUMANO.
- O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL.
A descrição do processo de preparação e nascimento de nossos veículos mostra a grandiosidade e a sabedoria do Plano Divino, proporcionando a todos os indivíduos em evolução as ferramentas de que necessitam para transformar os poderes latentes que dispunham no alvorecer do Dia de Manifestação em poderes dinâmicos. Essas ferramentas são os veículos que formam sua personalidade (os corpos físico, vital, de desejos e a mente), que foram dados aos seres vivos pelas Hierarquias Divinas ao longo dos quatro primeiros períodos evolutivos. Conforme vimos na descrição acima, o produto da utilização dos corpos e a mente aperfeiçoada serão absorvidos pelo Espírito ao final do Dia de Manifestação como Poder Anímico e Mente Criadora.
O Ego tem a sua existência física para adquirir experiência através desses seus instrumentos. Ele é ajudado ao longo de todo seu caminho. Uma das principais ajudas são as religiões, que procuram desenvolver o lado devocional do ser humano, procurando dar condições para que o ser possa estar sempre em harmonia com o seu Eu Superior, a parte divina que nele habita. Esse tema sobre as religiões será desenvolvido em palestra futura.
Outro tipo de ajuda é dirigido àqueles que buscam compreender o universo e os seus mistérios por via intelectual. Esse é o campo de atuação particular das escolas de ocultismo. As escolas de ocultismo são sete, como são os Raios da Vida, os Espíritos Virginais, e cada escola pertence a um desses raios. A Escola Rosacruz é uma dessas escolas, criada especialmente para aqueles cujo elevado grau de desenvolvimento intelectual os faz esquecer o coração e a buscar, às vezes de maneira muito fria, uma explicação lógica para todas as coisas. Mas o objetivo final de todas as ajudas é o mesmo, a união da personalidade com o Eu Superior, estando este no comando de todas as ações.
No Evangelho de Lucas (7:1-10), que trata da cura do servo de um centurião, é feito referência ao tipo de aspirante caracterizado como o ocultista. Cristo se surpreende com a fé demonstrada pelo centurião que, na parábola, representa a mente, pelo comando que tem sobre os soldados (faculdades) sob a sua autoridade. Ele não esperava que uma pessoa que não fosse do tipo místico pudesse ter tanta fé, ao dizer que “nem mesmo em Israel achei fé como esta”.
O objetivo das escolas de ocultismo é o treinamento dos diferentes veículos do homem e que deve ser feito sincronicamente, pois as mudanças em cada veículo visando seu aperfeiçoamento não podem ser feitas sem que os demais veículos também se modifiquem. Por essa razão, uma preocupação maior do aspirante à vida superior com a higiene e a dieta, por reconhecer que seu corpo é o templo do Espírito não terá maiores resultados se a mesma preocupação não for observada em relação às suas emoções e aos seus pensamentos.
Hoje em dia é crescente o número de pessoas que buscam uma dieta equilibrada, sendo crescente também o número daqueles que seguem uma dieta vegetariana, não somente pelos benefícios que traz à saúde como também por amor aos animais.
Mas se cuidamos de nosso corpo físico pela dieta e pela higiene por ser o corpo um templo do espírito, preocupação maior deve ser dada ao que vibra e ressoa dentro desse templo, através de nossas palavras, sentimentos e pensamentos. A utilização freqüente da oração pode dar ao interior de nosso corpo o nível vibratório adequado para que a harmonia e a paz estejam sempre presentes. E a oração que o Senhor nos deixou, o Pai Nosso, é a oração ideal para ser proferida, pois ela é dirigida a todos os nossos veículos, conforme nos ensina o CONCEITO em seu capítulo XVII, subtítulo A ORAÇÃO DO SENHOR, texto que recomendamos ao leitor ler e sobre ele meditar.
O ser humano moderno está praticamente todo voltado para o mundo exterior, com o qual se comunica por meio dos sentidos. Mas em um passado remoto, o ser humano estava em contato com os mundos internos, sendo o corpo pituitário ou hipófise e a glândula pineal ou epífise os órgãos que permitiam esse contato. Estavam relacionados ao sistema nervoso simpático. Essa capacidade de ver os mundos internos foi manifesta no Período Lunar, na última parte da Época Lemúrica e na primeira parte da Atlante. Em nossa palestra anterior, dissemos que, quando houve a recapitulação do Período de Saturno na primeira revolução do Período Terrestre, os Senhores da Forma trabalharam sobre o sistema nervoso simpático herdado do Período Lunar com o objetivo de dividir esse sistema em duas partes. Assim o sistema nervoso voluntário com o cérebro frontal pôde ser criado. Desde a Época Lemúrica, a humanidade passou a trabalhar sobre o sistema nervoso cérebro espinhal, para adaptá-lo às suas necessidades e torná-lo suscetível ao controle da vontade. Na última parte da Época Atlante, o sistema estava tão desenvolvido que foi possível ao Ego tomar posse plena do corpo denso. Isto se deu quando o ponto do corpo vital se pôs em correspondência com o ponto da raiz do nariz do corpo denso. Desde esse tempo, a conexão entre a glândula pineal, o corpo pituitário e o sistema nervoso cérebro espinhal foi se realizando lentamente e está quase completa. Para voltar a ter contato com os mundos internos essas duas glândulas citadas deverão ser despertadas, porém em um ciclo superior da espiral, porque estará em conexão com o sistema nervoso voluntário e, portanto, sob o domínio da vontade do Ego.
Os Evangelhos fazem menção ao despertar da glândula pineal por meio de linguagem simbólica. Em Mateus (27:57-60), nos é dito que José depositou o corpo de Jesus em um túmulo novo que fizera abrir na rocha. O novo túmulo aberto na rocha representa a glândula pineal, cujo processo de espiritualização representa a construção da pedra filosofal. No Capítulo seguinte desse Evangelho é dito que um Anjo do Senhor desceu do Céu e removeu a pedra, sentando-se sobre ela, indicando que a glândula pineal, através do Poder Divino, tornou-se ativa. É importante notar que nessa descrição bíblica o despertar da glândula pineal se dá no contexto da morte e da ressurreição, que é o símbolo esotérico para o processo de Iniciação. Há uma grande analogia entre o processo de morte e ressurreição e o processo da Iniciação. Em ambos o Espírito deixa o corpo e tem a consciência dos mundos superiores. A diferença é que, na morte, não há o retorno para o corpo. Também em Mateus (16:13-20), Jesus diz a Pedro que “tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei minha Igreja”, simbolizando o despertar da epífise.
O despertar dos órgãos do conhecimento se dá por meio da educação ou treinamento esotérico. Mas antes de o aspirante receber instruções específicas com essa finalidade, terá que ter vivido uma vida de elevado padrão moral, dedicada a pensamentos espirituais e a serviço de seus irmãos. As forças com que o aspirante conta para seu desenvolvimento espiritual são as forças criadoras que ele não utiliza, economizando-a para seu crescimento espiritual. As forças criadoras devem ser usadas unicamente para permitir o renascimento de um ser e, nesse aspecto, aqueles que estão em melhores condições para gerar corpos densos apropriados às necessidades de seres que aguardam essa oportunidade têm o dever de fazê-lo. Muitos Egos elevados não podem nascer, por não encontrarem pais suficientemente puros para proporcionar-lhes os veículos físicos adequados. José e Maria deram o mais belo dos exemplos ao prepararem o mais puro corpo denso que era possível gerar para ser usado por um Arcanjo, o Cristo, conforme iremos tratar em palestra vindoura.
A força sexual economizada forma uma corrente que sobe pela coluna espinhal e a laringe ou pelo coração e a laringe, conforme o caminho que é seguido pelo aspirante, o de um ocultista ou de um místico. O diagrama 17 do CONCEITO mostra os caminhos seguidos pelas forças criadoras nos dois casos e também no caso de um adepto, onde se dá o equilíbrio perfeito. Sob orientação superior, exercícios são realizados pelo aspirante para por em vibração a hipófise, o que faz com que as linhas de força que constituem a corrente ascendente das forças criadoras alcancem a epífise, estabelecendo assim uma ponte entre esses órgãos. Desse modo, a percepção do Mundo Físico é ampliada para incluir a percepção do Mundo do Desejo, tornando a pessoa clarividente voluntária. Mas ver os Mundos Internos não garante agir dentro deles. Para isso, o aspirante necessita de um veículo capaz de permitir sua atuação nos Mundos Internos.
Dos veículos superiores do ser humano, apenas o corpo vital (os éteres superiores) está pronto para funcionar nos Mundos Internos, porque o corpo de desejos e a mente não estão ainda organizados para tal. Sabemos da Filosofia Rosacruz que os éteres superiores são meios para a percepção pelos sentidos e para a memorização. Isso torna possível que as recordações das experiências suprafísicas possam chegar até a memória consciente. Os éteres superiores são também a sede da Alma Intelectual, que o aspirante constrói vida após vida. Daí, sua denominação de corpo alma, ou seja, o corpo que abriga a alma. Dessa forma, os éteres superiores podem ser o suporte para o Ego nos Mundos Invisíveis enquanto os éteres inferiores permanecem junto ao corpo durante o repouso. Assim, durante o sono, o aspirante tem a oportunidade de funcionar conscientemente nos Mundos Internos, quando deixa de lado a consciência do mundo externo, ao levar consigo os éteres superiores. Recomendamos ao leitor ler o Capítulo XVII do CONCEITO, para compreender melhor o método que permite esse funcionamento. Ao final desse capítulo são descritos os exercícios que dão condições para um funcionamento adequado nos Mundos Internos. Os exercícios são a concentração, a meditação, a observação, o discernimento, a contemplação e a adoração. A esses podemos acrescentar o exercício de retrospecção, ao qual já nos referimos em palestra anterior.
O funcionamento nos Mundos Internos deve sempre objetivar a realização de serviços que estejam de acordo com as leis Divinas. Deve ser lembrado que o corpo vital é a contraparte do Espírito de Vida, o veículo inferior do Cristo. A força Crística, uma vez elevada em nosso interior, deve ser continuamente alimentada. E o alimento dessa força e que leva ao crescimento do corpo vital é o serviço realizado por amor. Max Heindel enfatiza muito que só o serviço leva a esse crescimento e que a leitura e a realização de exercícios, por eles mesmos, nada acrescentam ao corpo alma. Essa mesma mensagem nos é transmitida no Evangelho de João, no Capítulo 4, na parábola de Cristo e a samaritana. Cristo senta-se junto à fonte, no alto do poço de Jacó, demonstrando que a Força Crística chegou ao topo do canal espinhal. Pede à samaritana para dar-lhe de beber, significando que essa força deve ser continuamente levantada de forma a alimentar a Consciência Crística permanentemente. Quando cessamos de alimentar o Cristo Interno, voltamos à condição anterior, voltamos à vida comum.
Bibliografia
Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel, Fraternidade Rosacruz, São Paulo, Brasil
Temas Rosacruzes, Tomo II, Recopilacion de seis libros, Editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
The Four Gospels Esoterically Interpreted, John P. Scott, The Langford Press, Oceanside, CA, USA.
domingo, 23 de outubro de 2011
O CAMINHO DOS QUE DESEJAM COMUNGAR COM DEUS
Texto interessante de Paulo Coelho, para reflexão:
Todos os mestres dizem que o tesouro espiritual é uma descoberta solitária.
“Então por que estamos juntos?”, perguntou um dos discípulos.
“Vocês estão juntos porque um bosque é sempre mais forte que uma árvore solitária”, respondeu o mestre.
O bosque mantém a umidade, resiste melhor a um furacão, ajuda o solo a ser fértil.
Mas o que faz a árvore forte é sua raiz. E a raiz de uma planta não pode ajudar outra planta a crescer.
“Estar junto no mesmo propósito, e deixar que cada um cresça à sua maneira, este é o caminho dos que desejam comungar com Deus”.
Todos os mestres dizem que o tesouro espiritual é uma descoberta solitária.
“Então por que estamos juntos?”, perguntou um dos discípulos.
“Vocês estão juntos porque um bosque é sempre mais forte que uma árvore solitária”, respondeu o mestre.
O bosque mantém a umidade, resiste melhor a um furacão, ajuda o solo a ser fértil.
Mas o que faz a árvore forte é sua raiz. E a raiz de uma planta não pode ajudar outra planta a crescer.
“Estar junto no mesmo propósito, e deixar que cada um cresça à sua maneira, este é o caminho dos que desejam comungar com Deus”.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
USO DA PALAVRA EM LOJA
Este assunto é uma unanimidade em todas as Oficinas: - Quem fala muito atrapalha a reunião! Mas por que isto acontece? Por dois motivos: vaidade e ingenuidade. A vaidade é facilmente notada quando o locutor coloca os verbos na primeira pessoa, suas manifestações parecem testemunhos, ele julga que em todos os assuntos da Loja os Irmãos devem escutar sua opinião e tem a capacidade de ocupar mais tempo do que o ritualizado para o Quarto de Hora e Estudos. A ingenuidade é aparente naqueles que saúdam as autoridades, visitantes e ainda dá as conclusões sobre a Sessão (funções do Orador). Também sempre se manifestam sobre as Instruções (função das Luzes ou daqueles que o Venerável indicar); após a leitura do Balaústre pede a palavra, saúda nominalmente todos os presentes e questiona o Secretário sobre qualquer questiúncula que deveria fazê-lo após a Sessão, às vezes por questões mínimas. Nós devemos entender que qualquer reunião que ultrapassa duas horas é cansativa e se torna improdutiva; temos Irmãos que trabalharam o dia inteiro e desejam à noite encontrar com o grupo para serenar os ânimos e harmonizar-se com o Criador. Vivemos num tempo onde o perigo é uma constante e abrirmos a porta de nosso lar após as 23:00 é um risco para toda a família. Observem que quando o Irmão falador pede a palavra, toda a Oficina "trava", e assim há uma quebra na Egrégora Espiritual da Sessão. Por outro lado, quando aquele Irmão que pouco se manifesta pede a palavra, todos se voltam para ele com atenção e RESPEITO. Devemos nos conscientizar que se queremos contribuir na formação dos Irmãos, devemos fazê-lo pelo EXEMPLO e não pela palavra! A verborréia é uma deficiência, um vício que avilta o homem! Quando formos visitar uma Loja, estaremos lá para aprender e não para ensinar, então o silêncio torna-se uma prece; nas Sessões Magnas (compreensivelmente mais longas) e sempre com a presença de visitantes, deixemos que o Orador nos apresente e fiquemos com o Sinal de Ordem, para dizer à toda Oficina que somos o nominado e estamos de P.: e a O.:. Dar os parabéns pelos trabalhos só é necessário para os que têm necessidade de lustro na vaidade. Se o Irmão quiser ocupar mais de 3 minutos (tempo mais que salutar) ele pode agendar com o Secretário sua participação no Quarto de Hora de Estudo ou na Ordem do Dia. No período destinado à Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular, devemos priorizar trazendo notícias dos Irmãos ausentes (não vale justificar a falta, pois deve ser feito por escrito pelo mesmo acompanhado obrigatoriamente do óbulo) e louvarmos os feitos da Ordem. O Livro da Lei nos ensina: Pois o Reino de Deus não consiste em palavras, mas na virtude (1 Coríntios 4,20). Lembrem-se que todos nós independente do Grau ou de Cargos, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas. TFA a todos. Ir.`. Mauro Alves de Oliveira |
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
METÁFORA DO DIA
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
domingo, 2 de outubro de 2011
SOIS MAÇOM?
Sois Maçom?*
Ir.'. Francisco Geraldo Fernandes De Almeida
08/11/2005 - Rito: REAA - Guia do Maçom
Sois Maçom ?
Lembrava daquela forte dor no peito.
Como viera eu parar aqui?
O ambiente me era familiar.
Já estivera aqui, mas quando?
Caminhava sem rumo.
Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não
tinha coragem de abordá-las.
Mas, espere, que grupo seria aquele reunido e de terno preto?
Lógico! não estariam indo ou vindo de um enterro; hoje em dia não é tão comum pessoas irem a velório com roupa preta.
É claro! são irmãos!
Aproximei-me do grupo.
Ao me verem chegar interromperam a conversa.
Discretamente executei o sinal de aprendiz, obtendo resposta.
A alegria tomou conta de mim, estava entre amigos.
Identifiquei-me, perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo.
Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente.
Havia desencarnado.
Não tive mais dúvidas estava no oriente eterno.
Fiquei assustado; e a minha família, os meus amigos, como estavam?
- Estão bem, não se preocupe; no devido tempo você os verá, responderam.
Ainda assustado, indaguei do motivo de suas vestes.
- Estamos nos encaminhando ao nosso Templo Maçônico (foi a resposta).
- Templo Maçônico?
Vocês tem um?
- Sim claro, por que não?
Senti-me mais à vontade, afinal, sou um Grande Inspetor Geral e com certeza receberei as honras devidas a meu grau.
Pedi para acompanhá-los, no que fui atendido.
Ao fim de pequena caminhada avistei o templo.
Confesso que fiquei abismado, sua imponência era enorme.
As colunas do pórtico eram majestosas, nunca vira nada igual.
Imaginei como deveria ser seu interior e como me sentiria
tomando parte nos trabalhos.
Caminhamos em silêncio, ao chegar ao salão de entrada verifiquei grupos de irmãos conversando animadamente, porém, em tom respeitoso.
O que parecia o líder do grupo que me acompanhava chamou um irmão que estava adiante:
- Irmão Experto! acompanhai o irmão recém chegado e com ele aguarde.
Não entendi bem. Afinal, tendo mostrado meus documentos, esperava, no mínimo, uma recepção mais calorosa. Talvez estejam preparando uma surpresa à minha entrada; para um 33 não poderia se esperar nada diferente.
Verifiquei que os irmãos formavam o cortejo para entrada no templo.
À distância, não pude ouvir o que diziam, contudo, uma luminosidade esplendorosa cercou a todos. A
Adentraram silenciosamente no templo.
Comigo ficou o irmão Experto.
De tanta emoção não conseguia dizer nada.
O tempo passou... não pude medir quanto.
A porta do templo se entreabriu e o irmão Mestre de Cerimônias
encaminhando-se a mim comunicou que seria recebido.
Ajeitei o paletó, estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam desleixadas e caminhei com ele.
Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância?
Respirei fundo e adentrei ritualisticamente no Templo.
Estranho... Esperava encontrar luxuosidade esplendorosa, muito ouro e riqueza.
Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito grande.
Uma luz brilhante, vindo não sei de onde iluminava o ambiente.
Cumprimentei o Venerável Mestre e os vigilantes na forma usual.
Ninguém se levantou à minha entrada. mantinham-se calados e respeitosos.
Não sabia o que fazer... aguardava ordens... e elas vieram na voz firme do
Vem. Mestre:
- Sois Maçom ?
Reconhecendo a necessidade do Trolhamento em tais circunstâncias, aceitei respondê-lo.
Estufei o peito, estiquei o corpo e respondi:
-MM.'.II.'.C.'.T.'.M.'.R
Aguardei, seguro, a pergunta seguinte.
De seu lugar o Ven Mestre dirigindo-se aos presentes, perguntou:
- Os irmãos aqui presentes o reconhecem como Maçom?
Assustei-me, o que era isso? Por que tal pergunta? O silêncio foi total.
Dirigindo-se à mim, o Venerável emendou:
- Meu caro Irmão visitante, os irmãos aqui presentes não o reconhecem como Maçom.
- Como não? Disse eu.
Não vêem as minhas insígnias?
Não verificaram os meus documentos?
- Sim, caro irmão, retrucou solenemente o Venerável.
Contudo não basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias, para ser um Maçom é preciso, antes de tudo, ter construído o "Seu Templo".
E verificamos que tal não ocorreu com o Irmão.
Observamos, ainda, que apesar de ter tido todas as oportunidades de estudo e de ter galgado ao maior dos graus, não absorveu seus ensinamentos.
Sua passagem pela arte real foi efêmera.
Não pude agüentar mais.
Retruquei:
- Como efêmera?
Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes fraternas?
Fui interrompido.
-Irmão, vejamos então sua defesa...
Automaticamente desenhou-se na parede algo parecido com uma tela imensa de televisão e na imagem reconheci-me junto a um grupo de irmãos tecendo comentários desairosos contra a administração de minha Loja.
Era verdade.
Envergonhei-me.
Tentei justificar, mas não encontrava argumentos.
Lembrei-me então, de minhas ações beneficentes.
Indaguei-os sobre tal.
E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a mão vazia no Tronco de Beneficência. Era fato e, costumeiramente, o fazia por achar que o óbolo não seria bem usado.
Por não ter o que argumentar, calei-me e lágrimas de remorso brotaram-me nos olhos, iniciei a retirar-me cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz autoritária e ao mesmo tempo fraterna do Venerável:
-Meu irmão, reconhecemos suas falhas quando na orbe terrestre e na Maçonaria, contudo, reconhecemos, também, que o irmão foi iniciado em nossos Augustos Mistérios.
Prometemos em suas iniciações protegê-lo e o faremos.
O irmão terá a oportunidade de consertar seus erros, afinal, todos nós aqui presentes já os cometemos um dia.
Descanse neste plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria para novas experiências, nós o encaminharemos novamente para a ordem maçônica. sua nova caminhada com certeza será mais promissora e útil.
Saí decepcionado mas estranhamente aliviado.
Aquelas palavras parecem ter me tirado um grande peso.
Com certeza ali eu desbastara um pedaço de minha pedra bruta.
Acordei, sobressaltado e suando.
Meu coração disparado.
Levantei-me assustado com certa alegria no peito.
Havia sonhado!
Dirigi-me ao guarda-roupa. meu terno preto ali estava, instintivamente retirei do paletó as medalhas e insígnias e as guardei em uma caixa, para nunca mais usar.
Ainda emocionado e com os olhos molhados de lágrimas dirigi-me à minha mesa e com as mãos trêmulas e cheio de uma alegria em levante, indescritível, retirei o ritual de aprendiz Maçom E DECIDI COMEÇAR TUDO DE NOVO
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Sexta Palestra - Parte 1
PARTE VI – OS MUNDOS FÍSICO, DO DESEJO E DO PENSAMENTO E O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL DO SER HUMANO.
- INTRODUÇÃO
Em nossas palestras anteriores, visitamos os Mundos Físico, do Desejo e do Pensamento, identificamos suas características, seus habitantes e o relacionamento que estabeleceram com a nossa humanidade. Para completar essa descrição, cabe agora dirigir nosso foco para a evolução como um processo dinâmico envolvendo esses mesmos três mundos de forma integrada e interativa, especialmente durante o Período Terrestre, quando atingimos nossa individualidade e nos tornamos responsáveis por nossa própria evolução. Esse nosso aprendizado, como indivíduos, é orientado basicamente por duas Leis fundamentais, a Lei do Renascimento e a Lei de Causa e Efeito. A Lei do Renascimento nos leva a assumir uma nova personalidade a cada renascimento, contendo a essência da experiência pelas quais passamos em vidas anteriores, sob a forma de virtudes e de consciência. A Lei de Causa e Efeito nos dirige, a cada nascimento, para as condições mais adequadas e necessárias para esse nosso aprendizado. Renascemos para adquirir experiência, conquistar o mundo, sobrepormo-nos à personalidade e atingirmos o domínio próprio. Mas há uma terceira força, além das Leis mencionadas, que emana do próprio Espírito, a Epigênese, que é a capacidade de criar caminhos inteiramente novos e não a seleção entre alternativas já conhecidas.
Uma das características marcantes do Processo Evolutivo é a recapitulação de condições análogas àquelas já experimentadas pelo indivíduo, porém, em níveis crescentes de perfeição. Por essa razão, o símbolo do processo evolutivo é uma espiral, em que cada passo, apesar de repetir condições já experimentadas, se situa em níveis cada vez mais elevados. Essas espirais se repetem no tempo e nas diversas fases do processo, como espirais dentro de espirais. A seguir transcrevemos um trecho da mensagem enviada pelo Centro Autorizado do Rio de Janeiro aos participantes do Sexto Encontro Rosacruz, realizado em 8 e 9 de agosto de 2009 em Assunção, Paraguai, relacionado ao tema.
“Desde o Período de Saturno, quando recebemos o gérmen do corpo denso na primeira Revolução desse período, esse padrão de recorrência atua como suporte à Evolução. Cada primeira revolução de qualquer período é uma recapitulação do trabalho feito sobre o corpo denso. Analogamente, a segunda revolução recapitula o trabalho realizado sobre o corpo vital, cujo gérmen nos foi dado na segunda revolução do Período Solar. A terceira revolução recapitula o trabalho realizado sobre o corpo de desejo, cujo gérmen nos foi dado na terceira revolução do Período Lunar. Seguimos assim até a sétima revolução, que desenvolve algum trabalho relacionado com o Espírito Divino, já que esse espírito foi despertado na sétima revolução do Período de Saturno. Na realidade, esse padrão de recorrência pode ser observado nos níveis mais detalhados do processo evolutivo, reproduzindo-se nas espirais dentro de espirais. A primeira revolução de qualquer período, a permanência no Globo A e a primeira época de qualquer globo são uma repetição dos estados de desenvolvimento do Período de Saturno. A segunda revolução de qualquer período, o Globo B e a segunda época de qualquer globo são uma repetição dos estados de desenvolvimento do Período Solar. Analogamente, ocorre o mesmo para todas as revoluções, globos e épocas até a sétima. O trabalho novo de um período, globo e época só se inicia após essa fase de recapitulação do que já foi realizado. Estamos vivendo, no momento, a Época Ária do Globo D do Período Terrestre, que é a quinta época desse globo. Por ser a quinta época, um trabalho está sendo realizado sobre o Espírito Humano. Recordemos que, na quinta revolução do Período Lunar, os Serafins despertaram o terceiro aspecto de nossa triplicidade espiritual. E temos então que é na Região do Pensamento Abstrato que o Espírito Virginal se conhece a si mesmo como um Espírito separado dos demais. Essa noção de separatividade ainda está muito forte em nossa quinta época. Ainda vivemos todos os problemas da separatividade causada pelas religiões de raça e todos os outros problemas decorrentes dessa tendência. Somente na sexta época, quando o trabalho da evolução se deslocar para o Espírito de Vida, nosso sexto veículo, despertado na sexta revolução do Período Solar, é que a noção de unidade e de fraternidade se tornará muito mais intensa, pois o Mundo do Espírito de Vida é o primeiro Mundo Universal e o mundo da Consciência Crística. Acreditamos que esse permanente processo de recapitulação objetive a construção de uma base firme sobre a qual possam ser desenvolvidas as atividades novas, resultantes da expressão de nossa natureza divina, que é a Epigênese. Certamente erros são cometidos com a expressão de nossa criatividade, como toda nossa história nos mostra, mas sempre haverá oportunidades para avaliação e correção desses erros. O processo evolutivo, concebido pela Mente Divina, provê meios para essa avaliação e correção, como provê também meios para o gozo de todas as nossas retas ações, sentimentos e pensamentos. Sabemos que após vivermos no Purgatório a expiação de nossos maus atos e hábitos, voltamos em vidas posteriores para sermos testados nessas mesmas falhas e maus hábitos, para que provemos que aprendemos a lição. É uma repetição das mesmas condições nos ajudando a crescer. Uma coisa é reconhecermos que estávamos errados. Outra coisa é provarmos que não erramos mais”.
Esse padrão de recorrência que mencionamos pode ser também observado no ciclo que o Espírito percorre a cada renascimento e morte, nos três mundos a que nos referimos acima, os Mundos do Pensamento, do Desejo e Físico. Esse ciclo é descrito no diagrama ao final do Capítulo 3 do CONCEITO ROSACRUZ, intitulado “UM CICLO DE VIDA”.
2. PREPARAÇÃO PARA O RENASCIMENTO
Após permanecer no Terceiro Céu por algum tempo, vem o desejo de novas experiências, seguido da contemplação de alternativas possíveis para o panorama de uma nova vida. São visões da futura vida em que as imagens são apresentadas na mesma ordem que poderão ocorrer nessa futura vida. O Ego escolhe então uma dessas alternativas e uma vez feita a escolha não poderá mudar de opinião.
Antes de submergir-se na matéria, o tríplice espírito está sem os veículos que formam sua personalidade, tendo somente as forças dos quatro átomos semente do tríplice corpo e da mente.
Iniciando sua submersão na matéria, são despertadas as forças da mente de sua última vida, latentes no respectivo átomo-semente. Esse átomo começa então a atrair matérias da Região do Pensamento Concreto com as quais tenha afinidade, formando-se então, com matéria das quatro regiões do Mundo do Pensamento Concreto, a nova mente daquele Ego.
O processo se repete quando o Ego chega à mais elevada região do Mundo do Desejo, em que o átomo semente do corpo de desejos começa a atrair materiais com os quais tenha afinidade, continuando o processo até alcançar a primeira região desse mundo.
A seguir entra em atividade o átomo-semente do corpo vital. O material da Região Etérea é atraído da mesma forma que nos mundos superiores pelos quais o Ego passou, ou seja, material com o qual o átomo-semente tenha afinidade. Mas a construção do novo corpo vital e sua colocação no meio conveniente são feitas pelos “Anjos do Destino”, já que o ser humano ainda não está capacitado a realizar essa tarefa. O éter refletor é incorporado no corpo vital em formação de modo a refletir as cenas da vida que o Ego irá viver. Embora ainda não possa ficar inteiramente responsável pela construção de seu corpo vital, há espaço, no entanto, para a participação do Ego, que incorpora a quintessência de seus corpos vitais anteriores e ainda realiza um pequeno trabalho original, como expressão de sua própria epigênese.
Nesse trabalho de preparação para o renascimento, ressalta como de grande importância a escolha do ambiente e da família em que o Ego irá renascer. O Ego traz, de vidas anteriores, inúmeros relacionamentos tidos em outras vidas que irão se manifestar na próxima vida, de acordo com a escolha feita por ele mesmo ao examinar o panorama dessa vida no Terceiro Céu. O Ego então é levado a renascer na família e no ambiente que respeite esses relacionamentos anteriores e a escolha por ele feita. É importante lembrar que parte de sua nova vida será constituída por eventos que irão necessariamente ocorrer, por se tratarem de eventos estabelecidos pela Lei de Conseqüência aos quais não poderá se furtar e que formam o chamado “Destino Maduro”.
O corpo vital, conforme modelado pelos Anjos do Destino, proporcionará a forma do corpo denso, órgão por órgão, e é colocado, como matriz, no útero da futura mãe. O átomo semente do corpo denso, por sua vez, é colocado na cabeça de um dos espermatozóides do pai.
O Ego que renasce executa algum trabalho sobre o átomo semente de seu corpo denso ao incorporar a quintessência das qualidades físicas obtidas em vidas passadas e, quando capaz disso, contribuir com algo de original para seu novo corpo. Nesse trabalho, o Ego é restringido a usar materiais tomados de seus genitores. Por essa razão, o Ego renasce de pais onde possa obter os materiais compatíveis com o arquétipo de sua nova vida.
Uma vez impregnado o óvulo, o corpo de desejos da mãe trabalha sobre esse óvulo de dezoito a vinte e um dias, quando o Ego permanece de fora da matriz materna. Terminado esse período, o Ego entra no corpo da mãe e incuba seu futuro corpo até o nascimento do novo ser. Nas anotações deixadas por Max Heindel e publicadas em 1928 na revista Rays from the Rose Cross nos é dito que durante os primeiros vinte dias do período de gestação, o sangue do feto é nucleado pela vida da mãe, que regula o processo de construção do corpo. Em seguida, o Ego começa a trabalhar, de fora, sobre o feto. Então, a parte inferior do Cordão Prateado, de matéria etérea, começa a surgir do átomo semente do corpo denso, no coração. Paralelamente, a parte do cordão de matéria de desejos começa a surgir do vórtice central do corpo de desejos, aquele que está radicado no fígado, nos momentos em que o Ego está em consciência de vigília. Max Heindel nos diz também que é no quarto mês que o espírito interpenetra os veículos do feto, do mesmo modo que foi na quarta época, a Atlante, que o Ego penetrou seus veículos tornado-se ativo. Essa interpenetração do Ego é simultânea à união das partes etérea e de desejos do cordão prateado, que se dá no plexo solar, na junção dos dois seis. É nesse local do corpo vital que está localizado, durante o período de vigília, o átomo-semente do corpo vital.
- O NASCIMENTO DOS CORPOS
O corpo físico é o primeiro a nascer. Os veículos do recém-nascido não se fazem ativos imediatamente e a criança depende inteiramente dos adultos que dela cuidam. Os corpos além do físico, não nascem imediatamente, conforme iremos descrever. Cabe lembrar que o corpo físico está em seu quarto período evolutivo, onde alcançou a maturidade. No período seguinte, o Período de Júpiter, a alma consciente, que é o extrato das experiências obtidas com a utilização do corpo físico, será absorvida por sua contraparte espiritual, o Espírito Divino, durante a sétima revolução desse período.
Esse mesmo padrão prevalece para os demais corpos, o de serem necessários quatro períodos para um veículo chegar à sua maturidade. Assim, o próximo corpo a nascer é o corpo vital, aos sete anos de idade da criança. É interessante notar que o padrão representado pelo número sete é observado para o nascimento do corpo vital e dos demais veículos superiores. Observe-se que esse número de anos é o período em que a Terra percorre, por sete vezes, sua órbita em torno do Sol, à semelhança das sete revoluções de cada Período Evolutivo. Durante o período dos primeiros sete anos da criança, ela funciona com seu corpo vital ainda dentro da envoltória do corpo vital macrocósmico, a mãe natureza. Nesse período até os sete anos de idade, os pólos negativos dos éteres são os mais ativos. Aos sete anos, o corpo vital da criança se libera da envoltória do corpo vital macrocósmico e passa a atuar independentemente. O corpo vital terá sua maturidade no Período de Júpiter e a alma intelectual, o extrato das experiências com o corpo vital, será absorvida pelo Espírito de Vida na sexta revolução do Período de Venus.
Dos sete aos quatorze anos, se dá o amadurecimento do corpo de desejos, seguindo o mesmo padrão estabelecido pelo número sete. O Corpo de desejos está em seu segundo período evolutivo e precisa de mais dois períodos evolutivos para chegar à maturidade. Em relação ao nascimento do corpo de desejos da criança, a liberação desse corpo do de desejos macrocósmico se dá aos quatorze anos, ou seja, mais dois períodos de sete anos após o nascimento do corpo físico. É durante esse período dos sete aos quatorze anos que se dá o amadurecimento da parte do Éter de Vida do cordão prateado, como preparação para a adolescência, sendo seu crescimento sincrônico com o amadurecimento do segmento de desejos do cordão. Aos quatorze anos nasce o corpo de desejos e, com ele, o Éter de Luz amadurece, o que ocasiona o período de “sangue quente” da adolescência, pois é através do calor do sangue, função do Éter Luminoso, que o Ego faz sentir sua presença no corpo. A criança se reconhece então como um indivíduo. A alma emocional, o extrato das experiências obtidas através do corpo de desejos, será absorvida pelo Espírito Divino, durante a quinta revolução do período de Vulcano.
Depois dos quatorze anos, a mente nutrida pela mente macrocósmica, começa a desenvolver suas possibilidades latentes para permitir a criação de pensamentos originais. O nascimento da mente dar-se-á quando o jovem ser completar vinte e um anos, após três períodos de sete anos. O Éter Luminoso estará então plenamente desenvolvido, o que permitirá a produção de sangue individual e na temperatura adequada, dando condições para que o Ego tome posse completa de seus veículos. Em paralelo ao desenvolvimento da mente individual durante o terceiro período de sete anos, observa-se o crescimento do terceiro segmento do cordão prateado, feito de matéria mental e que liga o átomo semente da mente ao átomo semente do corpo de desejos. Observa-se também, além do amadurecimento da parte de éter luminoso do segmento etéreo do cordão, o crescimento da parte de éter refletor desse mesmo segmento, crescimento esse que, segundo notas de Max Heindel, poderá continuar até a idade de vinte e oito anos. O crescimento da parte do cordão formada por éter refletor, segundo essas notas, acompanha aparentemente o crescimento do segmento mental do cordão, possivelmente pela importância do éter refletor para o processo do pensamento. A mente aperfeiçoada, encerrando tudo o que foi adquirido nos períodos evolutivos, será absorvida pelo Espírito Divino ao final do Período de Vulcano.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
AUMENTO DE SALÁRIO
Saudações estimado Irmão,
sobre o real sentido do
AUMENTO DE SALÁRIO
Há alguns anos minha esposa presenciou o seguinte diálogo que tive com um Aprendiz.
- Irmão Quirino, sou merecedor de aumento de salário? Eu apenas respondi:
- Esta pergunta sou eu que devo lhe fazer! “Quando o servidor está pronto, o serviço aparece” (Nosso Lar, página 143). Este Aprendiz se transformou em um grande Mestre, mas soube esperar pela Elevação. Minha esposa como toda “goteira maça”, sugeriu com falsa ironia que eu desse a este Aprendiz um pacote de sal e lhe recomendasse: “Este é seu “salarium argetum” quando ele terminar, eu lhe darei um aumento de salário, mas preste atenção você deve consumi-lo todo. Se o fizer rapidamente você perecerá, se fizer em porções muito pequenas não terá o prazer da salinidade.” Iniciada pela vida, a cunhada Heloisa tinha muitas qualidades e um grande defeito: não soube escolher o marido. Mas retornando ao tema, devemos compreender que o salário é a contrapartida dos “serviços” prestados pelos Irmãos. Entendemos “serviços” como a presença, a participação e o comprometimento para com a MAÇONARIA. “- E o trabalho que deve ser apresentado em Loja?” Certamente algum Irmão perguntará. Desculpem-me a franqueza, mas depois que inventaram o “Ctrl+C” e o “Ctrl+V” são poucos os trabalhos que ao além da simples leitura. O Salário ou “pagamento em sal” ultrapassa a compreensão profana, na Maçonaria precisamos estar atentos a detalhes. Quantas vezes você viu o uso do sal na Maçonaria? Para a maioria, apenas uma vez na Câm.’. de Refl.’.. E você se perguntou para que ele estava lá? Estava em oposição a qual elemento? Para aguçar a pesquisa, digo que um é elemento conservante outro nos remeta a putrefação. Mas o sal também é usado nas Sagrações dos Templos Maçônicos, quando o Grão-Mestre o lança ao chão, salienta que os compromissos maçônicos são invioláveis, que nenhuma necessidade deve ficar sem socorro, nenhuma tristeza sem consolação e que não nos esqueçamos das viúvas e dos órfãos. Portanto quanto maior nosso SAL-LÁRIO, maior deve ser nosso comprometimento. Em alguns graus superiores de determinados ritos o sal é símbolo da confiança, da boa-fé e da hospitalidade. Seu uso (tanto do sal como do salário) devem remeter o Maçom a dois princípios morais que o “conservarão”: Ponderação e Equilíbrio. Como Maçom Especulativo, permitam-me algumas divagações que julgo serem interessantes. Usamos o “Sal de Cozinha” que é formado por apenas dois elementos; um átomo de Cloro e um átono de Sódio (NaCl), a “unidade” somada a outra “unidade” gerando a “dualidade”. A primeira figura no início do artigo é a representação gráfica de uma molecular de sal, observe como ela é cúbica e sua intercalação de átomos (pavimento em mosaico). A segunda é uma foto de um cristal de sal (Pedra Polida sobre a Pedra Bruta). O NaCl, que o Cloreto de Sódio é estudado em química inorgânica, como uma espécie iônica formada por um átomo de cloro carregado negativamente, que encontra no sódio uma ligação para a estabilização. Sabe como devemos conquistar um Aumento de Salário? Da mesma forma como o sal é produzido. Todo o PROCESSO É FÍSICO. A água do mar é transferida para grandes tabuleiros e deixada em repouso. Recebe toda claridade e calor emanada pelo venerável astro rei e a ação dos ventos do norte. Lentamente os cristais vão se depositando no fundo. Quando não houver mais água, esta massa é levada para o “outro lado” onde passa por um processo de refino, onde perde suas “asperezas”. Para alcançar a “plenitude” de suas funções falta apenas acrescentar-lhe Iodo (Iodo, do grego iodés, cor violeta). Portanto queridos Irmãos o real sentido do AUMENTO DE SALÁRIO esta diretamente proporcional ao AUMENTO DE TRABALHO. “Quando o discípulo está preparado, o Pai envia o instrutor”. O mesmo se dá, relativamente ao trabalho.” (Nosso Lar, página 143).
Grato pela atenção.
TFA
QUIRINO
Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025
Segundas-feiras, Templo 801
Palácio Maçônico - Grande Loja
Belo Horizonte - Minas Gerais
0 xx 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br
Ano 05 - artigo 39 - número sequencial 321
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A ORIGEM DA MULHER
Existem várias lendas sobre a origem da Mulher. Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher. E que a primeira provação de Eva foi cuidar de Adão e agüentar o seu mau humor enquanto ele convalescia da operação.
Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando "Depois eu melhoro", e mais tarde, com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que significa "melhor" em aramaico.
Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora.
Em certas tribos nômades do Médio Oriente ainda se acredita que a mulher foi, originariamente, um camelo, que na ânsia de servir seu Mestre de todas as maneiras foi se transformando até adquirir sua forma atual.
No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.
E em certas partes do Ocidente persiste a crença de que mulher se compra através dos classificados, podendo-se escolher idade, cor da pele e tipo de massagem.
Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica.
Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual - e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.
É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não!
Mas de onde veio a primeira mulher, já que podemos descartar tanto a evolução quanto as fantasias religiosas e mitológicas sobre a criação?
Inclino-me para a tese da origem extraterrena.
A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta.
Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo.
Observei que elas não têm os mesmos instintos que nós, e volta e meia são surpreendidas em devaneio, como que captando ordens de outra galáxia, embora disfarcem e digam que só estavam pensando no jantar.
Têm uma lógica completamente diferente da nossa.
Ultimamente, têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.
Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas,presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como "ioink, ioink" que nos deixam arrepiados e sem argumentos. Claramente combinaram isto.
Estão sempre combinando maneiras novas de impedir que se descubra que são alienígenas e têm desígnios próprios para a nossa terra.
É o que fazem quando vão, todas juntas, ao banheiro, sabendo que não podemos ir atrás para ouvir.
Muitas vezes, mesmo na nossa presença, falam uma linguagem incompreensível que só elas entendem, obviamente um código para transmitir instruções recebidas do Planeta Mãe.
E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes.
Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas.
Meu Deus, algumas até têm sardas no nariz.
Seus seios, aqueles mísseis inteligentes.
Aquela curva suave da coxa quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso!
E as armas químicas - perfumes, loções, cremes.
São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?
Breve dominarão o mundo.
Breve saberemos o que elas querem.
E se depois de sair este artigo eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, com um sorriso, minha tese estará certa...
Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando "Depois eu melhoro", e mais tarde, com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que significa "melhor" em aramaico.
Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora.
Em certas tribos nômades do Médio Oriente ainda se acredita que a mulher foi, originariamente, um camelo, que na ânsia de servir seu Mestre de todas as maneiras foi se transformando até adquirir sua forma atual.
No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.
E em certas partes do Ocidente persiste a crença de que mulher se compra através dos classificados, podendo-se escolher idade, cor da pele e tipo de massagem.
Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica.
Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual - e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.
É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não!
Mas de onde veio a primeira mulher, já que podemos descartar tanto a evolução quanto as fantasias religiosas e mitológicas sobre a criação?
Inclino-me para a tese da origem extraterrena.
A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta.
Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo.
Observei que elas não têm os mesmos instintos que nós, e volta e meia são surpreendidas em devaneio, como que captando ordens de outra galáxia, embora disfarcem e digam que só estavam pensando no jantar.
Têm uma lógica completamente diferente da nossa.
Ultimamente, têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.
Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas,presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como "ioink, ioink" que nos deixam arrepiados e sem argumentos. Claramente combinaram isto.
Estão sempre combinando maneiras novas de impedir que se descubra que são alienígenas e têm desígnios próprios para a nossa terra.
É o que fazem quando vão, todas juntas, ao banheiro, sabendo que não podemos ir atrás para ouvir.
Muitas vezes, mesmo na nossa presença, falam uma linguagem incompreensível que só elas entendem, obviamente um código para transmitir instruções recebidas do Planeta Mãe.
E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes.
Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas.
Meu Deus, algumas até têm sardas no nariz.
Seus seios, aqueles mísseis inteligentes.
Aquela curva suave da coxa quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso!
E as armas químicas - perfumes, loções, cremes.
São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?
Breve dominarão o mundo.
Breve saberemos o que elas querem.
E se depois de sair este artigo eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, com um sorriso, minha tese estará certa...
A ILUSTRATIVA HISTÓRIA DE KANDATA
Conforme a tradição budista, há cerca de 3 mil anos, um conhecido ladrão e mentiroso chegou ao fim de sua jornada terrena, depois de ter enganado muita gente. Conta a história que sua alma foi então para as regiões onde se aglomeram por afinidade, na parte mais baixa do astral, os seres que viveram na terra um grosseiro materialismo. Ali, durante séculos, o ladrão suportou agonias tremendas, corroído pelos remorsos. Sofria sem esperanças até que, um dia, o Senhor Buda começou a pregar na Terra a doutrina da verdade e da fraternidade.
Segundo a tradição, naquele momento um raio de luz divina iluminou, fugazmente, a humanidade toda e chegou até mesmo à região onde se encontrava Kandata, o delinqüente. Um pressentimento de fé e esperança nasceu então em seu íntimo. Havia percebido amargamente a inutilidade de sua falsa inteligência. Queria buscar aquela luz. E disse, então: 'Ah, Senhor abençoado, sofro profundamente, porque vejo e revejo sempre todo mal que fiz. Quero melhorar e entrar no caminho, seguindo o ideal, mas não tenho força. Ajuda-me!'
Conforme antiga doutrina, as más ações se autodestroem, enquanto as boas geram frutos que se multiplicam. Respondendo ao apelo de Kandata, uma voz - que parecia vir de dentro - então lhe perguntou: 'Kandata, será que algum dia, durante tua última vida, fizeste uma boa ação, por menor que seja? Ela pode ajudar-te, agora, a sair do estado lamentável em que estás. Mas para isto, terás também que abandonar, de agora em diante, todo egoísmo'.
Kandata curvou a cabeça e ficou pensativo. Revisou outra vez toda sua vida cuidadosamente, procurando uma boa ação. Foi difícil achar alguma. Até que lembrou de algo e disse: 'Um dia eu andava pelo bosque e decidi não pisar em uma pequena aranha, porque tive pena dela. Pensei que aquele pobre animal era fraco e não fazia mal a ninguém. Para que iria matá-la?'.
Houve um momento de silêncio, como se um ser compassivo pesasse os sofrimentos de Kandata. Então, como por milagre, apareceu diante dele uma aranha suspensa por um fio. 'Agarra este fio e sobe por ele. Ele te sustentará', explicou a voz. A aranha desapareceu. O homem agarrou-se ao fio, aparentemente frágil, e começou a subir.
Fino, mas forte, o fio da aranha resistia. Kandata seguia subindo. O inferno já estava lá embaixo, quase longe, quando o homem sentiu o fio estremecer. Kandata olhou para baixo e viu, então, que outros homens, ex-companheiros de miséria, haviam agarrado o mesmo fio e começavam a subir por ele. Queriam libertar-se dali também. Kandata ficou aterrorizado. Temia que fio se rompesse.
O fio resistia, agora, ao peso de várias pessoas, e esticava cada vez mais. Kandata já não olhava para cima. Preocupava-se sempre com a resistência do fio que já sustentava tanta gente e olhava para baixo, enquanto se movia para cima. Até que o medo egoísta tomou conta da sua consciência e ele gritou: 'Este fio de aranha é meu. Larguem todos vocês esta esperança de salvação, que pertence apenas a mim'. No mesmo instante, o fio de aranha partiu-se e Kandata caiu de volta ao abismo, junto com o grande cacho de seres humanos que estava pendurado no fio de aranha, na esperança de sair daquela região de dor.
A moral da história é tão clara, que fica a cargo de cada um. O sentido da fraternidade, contudo, ressalta dela, como base da Vida Una, ligando todos os reinos da natureza. No universo somos todos interdependentes - do pequenino átomo às consciências estelares - todos fazendo parte da imensurável consciência divina, dispersa em seus infinitos corpos e em suas infinitas faces. Ou seja, 'ninguém se salva sozinho'.
Autor desconhecido.
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