A cadeia de união é, sem dúvida alguma, um dos símbolos mais significativos de entre todos os que decoram a Loja maçônica. Trata-se de um cordão que rodeia todo o templo em sua parte superior. Esta situação no "alto" lhe dá uma conotação celeste, confirmada pelos doze nós que aparecem de trecho em trecho ao longo de todo o cordão, os quais simbolizam os doze signos do zodíaco. Esses nós correspondem, além disso, às doze colunas que exceto pelo lado de Oriente também rodeiam o recinto da Loja. Cinco dessas colunas estão situadas no lado do Setentrião, outras tantas ao Meio-dia, e as duas restantes –as colunas J e B– no Ocidente. Para compreender esta simbólica teríamos que ter em conta que a Loja é, antes de tudo, uma imagem do mundo, e como tal deve existir nela uma representação do que constitui o próprio "marco" do cosmos, que é propriamente o zodíaco. Muitos recintos ou santuários sagrados - do mesmo modo que as cidades edificadas segundo as regras da arquitetura tradicional -, sendo a projeção na terra da ordem celeste, estão de uma ou outra maneira "marcados" pelas constelações zodiacais. É o caso, por exemplo, do Ming-Tang chinês, do Templo de Jerusalém (e seu arquétipo, a Jerusalém Celeste), de muitas fortalezas templárias, e de construções tão antigas como é o crómlech megalítico de Stonehenge. Dessa forma, os maçons operativos, e em geral os artesãos construtores de qualquer sociedade tradicional, se serviam de um cordão para determinar a posição correta dos templos ou catedrais, que sempre, e de forma invariável, estavam orientados segundo as direções do espaço assinaladas pelos quatro pontos cardeais, exatamente igual à Loja. Pois bem, como menciona René Guénon "... entre as funções de um 'marco' quem sabe a principal seja manter em seu lugar os diversos elementos que contém ou encerra em seu interior de modo a formar com eles um todo ordenado, o qual, como se sabe, é a própria significação da palavra 'cosmos'. Esse 'marco' deve pois, de certa maneira, 'ligar' ou 'unir' esses elementos entre si, o que está formalmente expresso pelo nome de 'cadeia de união', e inclusive disso resulta, no que se refere a ela, seu significado mais profundo, pois como todos os símbolos que se apresentam em forma de cadeia, cordão ou fio (todos eles símbolos do eixo) se referem definitivamente ao sûtrâtmâ".1 Por conseguinte, a cadeia de união maçônica viria a significar, considerada do ponto de vista metafísico, exatamente o mesmo que a "cadeia dos mundos": um símbolo que resume o conjunto de todos os estados, seres e mundos que formam a manifestação universal, os quais subsistem e estão ligados entre si pelo "fio de Atmâ" (sûtrâtmâ), ou seja por seu hálito ou espírito vivificador. Por outro lado, a cadeia de união é também a corda com nós (ou houppe dentelée) que aparece figurada nos "quadros de Loja" maçônicos, mais concretamente nos pertencentes aos graus de aprendiz e de companheiro. A significação simbólica de tal corda é idêntica à da cadeia de união, mas, ao mesmo tempo, e vinculado especificamente com o simbolismo do quadro de Loja, haveria que se considerar também outro aspecto importante dela: o que tem como função "proteger", além de "unir" e de "ligar", os símbolos e emblemas que aparecem desenhados no quadro, o que é considerado como um espaço sacralizado, e por tanto inviolável. Neste sentido, a idéia de "proteção" está incluída no simbolismo dos nós e das ligaduras, que por suas respectivas formas relembram o traçado dos dédalos e labirintos iniciáticos. Na simbólica universal, o labirinto, além de estar relacionado com as "viagens" e as provas iniciáticas, também tem como função a defesa e proteção dos lugares sagrados ou centros espirituais, impedindo o acesso aos mesmos pelos profanos que não estão qualificados para recebir a iniciação. Porém a defesa se estende igualmente (e poderíamos dizer que principalmente) a impedir o acesso às influências sutis do psiquismo inferior, que por seu caráter especialmente dissolvente representam um claro perigo que deve ser controlado e evitado a todo custo, pois por meio dessas influências se introduzem determinadas energias maléficas e caóticas destinadas a destruir, ou no melhor dos casos a debilitar, os próprios centros espirituais e as organizações tradicionais ligadas a eles, e conseqüentemente a impedir dentro do possível a comunicação com as influências verdadeiramente superiores, das quais esses centros e organizações foram - e são - precisamente, o suporte. E ao fio desta última reflexão, quem sabe seria demais assinalar os perigos de dissolução (ou de petrificação, pois no caso dá no mesmo) que na atualidade espreitam a Maçonaria, já que é a todas luzes evidente que esta organização tradicional se tem visto submetida a uma paulatina extirpação da dimensão iniciática e esotérica de seus símbolos e seus ritos. E o que é talvez mais lamentável é que essa ação foi levada a cabo muitas vezes por maçons que não compreenderam que é precisamente graças a esses símbolos e ritos (revelados na origem e transmitidos ao longo do tempo) que a Ordem maçônica adquire seu pleno sentido, pois eles constituem suas senhas de identidade, o que tal Ordem é em si própria, e não poderia deixar de ser, a menos de seja para ficar totalmente desvirtuada e vazia de conteúdo essencial. Para que essa situação não chegue a ser irreversível, pensamos que se faz necessário que os maçons de espírito tradicional (isto é, aqueles que consideram que a Maçonaria pertence e é uma ramificação da Tradição Primordial e portanto uma via de realização do Conhecimento) restituam de novo o sentido cosmogônico e metafísico de seu legado simbólico-ritual, começando por considerar que a cadeia de união é, efetivamente, o "marco" celeste que delimita, separa e protege o "mundo da luz" do "mundo das trevas", o sagrado de o profano. Além da corda com nós que rodeia a Loja e o quadro, existe um rito na Maçonaria que também recebe o nome de cadeia de união. Trata-se daquele que está constituído pelo entrelaçamento que formam as mãos, com os braços entrecruzados, de todos os integrantes da oficina, o qual, precisamente, tem lugar ao redor do quadro da Loja e dos três pilares da Sabedoria, a Força e a Beleza momentos antes de encerrar os trabalhos. Em primeiro lugar, há que se dizer que e a cadeia de união é um dos ritos maçônicos que mais diretamente aludem à fraternidade maçônica, a qual, de fato, está sustentada nos laços de harmonia e concórdia que ligam todos os maçons entre si. Daí o porquê de se denominar os nós da corda também de "laços de amor", pois o amor, entendido na sua mais mais alta significação, é a força que concilia os contrários e resolve todas as oposições na unidade do Princípio. Tal fraternidade representa, portanto, o próprio fundamento sobre o qual se apóia a própria organização iniciática e tradicional. Neste sentido, o entrelaçamento de mãos e braços configura uma trama cruciforme que evoca a imagem de uma estrutura fortemente coesa e organizada. Mas este rito se realiza, fundamentalmente, para dirigir uma prece ou invocação ao grande Arquiteto, sendo nessa invocação onde reside seu sentido profundo e sua razão de ser. Por isso, prescindir da prece como sucede em muitas lojas atuais, pelo mero fato de ignorá-la ou por considerá-la um ultrapassado anacronismo, provoca inevitavelmente o empobrecimento do próprio rito, ficando este, como conseqüência, reduzido praticamente a quase nada. Não obstante, na antiga Maçonaria operativa, a prece e as invocações dos nomes divinos formava parte constitutiva do rito e dos trabalhos simbólicos; e precisamente ela se realizava na cadeia de união e ao redor do quadro da Loja, com o qual se confirma o papel verdadeiramente "central" que este último sempre desempenhou na Maçonaria. De modo geral, a cadeia de união começa e termina no Venerável Mestre, e é ele, como a máxima autoridade da Loja, o que dirige a invocação ao grande Arquiteto. Vejamos a seguir um exemplo desta segundo é de uso ainda entre alguns Ritos maçônicos que seguiram conservando parte do legado operativo: "Arquiteto Supremo do Universo!; Fonte única de todo bem e de toda perfeição!; Oh Tú! Que sempre obrastes para a felicidade do homem e de todas Tuas criaturas; te damos graças por Teus paternais beneplácitos, e te conjuramos para que os concedas a cada um de nós, segundo Tuas considerações e segundo nossas necessidades. Espalhe sobre nós e sobre todos nossos Irmãos Tua celeste Luz. Fortifica em nossos corações o amor pelas nossas obrigações, a fim de observá-las fielmente. Que possam nossas reuniões estar sempre fortalecidas em sua união pelo desejo de Teu prazer e para fazer-nos úteis a nossos semelhantes. Que elas sejam para sempre a morada da paz e da virtude, e que a cadeia de uma amizade perfeita e fraterna seja sempre tão sólida entre nós que nada possa alterá-la. Assim seja". Por conseguinte, e segundo se depreende desta oração maçônica, a união encadeada e fraterna se converte no suporte horizontal e psicossomático (terrestre), sobre o qual "descerão" - estimulados pela prece - os beneplácitos (bendições) da influência espiritual ou supra-individual -"Tua celeste Luz"-, possibilitando assim uma via de comunicação axial entre o céu e a terra, ou como se diz em linguagem maçônica, entre a Loja do Alto e a Loja de Baixo. Quer dizer que através da invocação o que se pretende essencialmente é a comunicação com as energias celestes (as Idéias ou atributos criadores do Arquiteto universal) cuja ação espiritual conformou - e conforma permanentemente - a realidade simbólica, ritual e m&ítica (ou seja, cosmogônica e metafísica) da organização iniciática. Ao mesmo tempo, no rito da cadeia de união se concentra a entidade coletiva constituída por todos os antepassados que realmente participaram na Tradição e seu conhecimento, e dos que se diz que moram no "Oriente Eterno" (a Loja celeste). Tal entidade se faz una em comunhão com seus herdeiros atuais, isto é, com os maçons que, havendo recebido e compreendido (na medida que for) a mensagem de seu legado tradicional, contribuem hoje em dia para mantê-lo vivo e atuante. Neste sentido, a cadeia de união também está simbolizando a cadeia iniciática da tradição maçônica (e por analogia a de todas as tradições), cuja origem é imemorial, como o é da mesma forma a mensagem que ela foi transmitindo ao longo do tempo e da história. As individualidades, ou melhor, a idéia do individual e do particular que cada componente da cadeia pudesse ter de si mesmo, desaparece como tal para formar um só corpo que vibra e respira a uma própria cadencia rítmica. A cadeia de união cria assim um círculo mágico e sagrado onde se concentra e flui uma força cósmica e teúrgica que assimilada por todos os integrantes lhes permite participar do verdadeiro espírito maçônico e de sua energia salutar e regeneradora. Não é então de se estranhar que durante o transcurso do rito da iniciação, o neófito receba simbolicamente a "luz" integrado na cadeia de união, o que é perfeitamente coerente em uma tradição na qual o rito e o trabalho coletivo desempenham uma função eminente como veículos de transmissão da influência espiritual. Tradução: Sérgio K. Jerez |
UMA LOJA MISTA É COMPOSTA POR HOMENS E MULHERES
quinta-feira, 1 de março de 2012
O SÍMBOLO E O RITO MAÇÔNICO DA CADEIA DE UNIÃO(FRANCISCO ARIZA)
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
OS NÚMEROS (2ª PARTE)
Geometricamente Um representa o ponto; dois a linha; Três, a superfície e Quatro, o sólido, cuja medida é o cubo.
Um, o ponto sem dimensões, é, porém, o gerador abstrato de todas as formas imagináveis. È o nada contendo o todo em potência, o criador.
Dois, a linha, nada mais é que Um, o ponto em movimento, portanto a ação, a irradiação, a expansão ou emanação criadora, o verbo ou o trabalho.
Três, a superfície, apresenta-se como o plano em que se precisam as intenções, em que o ideal se determina e se fixa.
O Número 4 (quatro), o sólido ou mais especialmente, o cubo, mostra a obra realizada.
O Círculo (unidade), a Cruz (o binário), o Triângulo (o ternário) e o quadrado (o quaternário), produzem uma série de ideogramas, cujo sentido se revela pela análise elementos componentes.
Quatro representa a terra, ela foi criada no quarto dia. A figura de um quadrado significa solidez.
Pitágoras ensinava que Dez engendra Quatro, pois que ... 1+2+3+4=10, graficamente figurado pelo triângulo encerrando dez pontos dispostos por 1, 2, 3, 4.
O grande nome da Trindade Divina de Deus, o Ser dos Seres, o Ser em si, Aquele que é, encontra-se representado na Bíblia por Quatro letras, que formam a Palavra Sagrada, cuja pronúncia é proibida (Yod, He, Vau, He).
Yod, a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto sagrado. É apenas uma vírgula, na qual se quis ver o gerador masculino, ou melhor, o sêmen paterno que engendra a criança. Simboliza o fogo realizador (Archeu).
He, segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro que, saindo do interior, se espalha em derredor. Simboliza a vida emanando de Yod.
Vau, cuja função em hebraico é a mesma de nossa consoante e. É o símbolo que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao coletivo geral ou universal. É a relação da causa e efeito.
He, que se repete no final do Tetragrama, para exprimir o resultado final da atividade. É a criação em via de realização.
Os espíritos superficiais só se interessam pela obra realizada, pois são incapazes da cogitação do efeito e da causa que, naturalmente, implica na manifestação do quaternário, resultante de toda e qualquer ação:
1º - Princípio ativo (Sujeito);
2º - Atividade desenvolvida por esse princípio (Verbo);
3º - Aplicação da atividade, que se regula e se adapta conforme o objetivo;
4º - Resultado produzido (Objeto).
Há Quatro graus na natureza: ser, viver, sentir e compreender.
Há Quatro movimentos na natureza: ascendente, descendente, circular e para frente.
Há Quatro elementos sob o céu: fogo, ar, água e terra.
Há Quatro estações no ano: verão, inverno, primavera e outono.
Há Quatro virtudes morais: prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Há Quatro animais consagrados: o leão, a águia, o homem e o bezerro.
O Número 5 (cinco) representa a quintessência, que é quando existe o triunfo do homem propriamente dito, domina o animal dentro de si. Cinco se impõe a Quatro; A Quintessência prevalece sobre o quaternário dos elementos (terra, água, ar e fogo).
Chegado à perfeição, o homem-tipo será exaltado sobre a cruz, para realizar o mistério da redenção. A Razão (Logos ou Verbo) resplandece nele, remediando o obscurecimento do instinto causado pela queda. O estado de espiritualidade, de iluminação, é atingido; as trevas interiores são dissipadas e é, então, que o Astro Humano, a Estrela Flamejante, a estrela de cinco pontas brilha em todo seu esplendor.
A Estrela Flamejante, o Pentagrama, não possui o poder iluminativo igual ao Sol, sua luz é suave, não tem irradiações resplandecentes e é facilmente suportada. A Estrela Flamejante corresponde ao Microcosmo humano, isto é, ao homem considerado como um mundo em miniatura. Ela se condensa numa espécie de nimbo que foi comparado a uma flor desabrochada, representada por uma rosa de cinco pétalas.
Símbolo da quintessência, portanto, daquilo que o homem tem de mais puro e elevado, a rosa é unida à Cruz, num ambiente de pura espiritualidade, a respeito do qual é muito cedo, ainda, para se explanar aqui.
Cinco é o número do jovem, é exatamente, o meio do número universal que é Dez. è chamado pelos Pitagóricos de número da justiça, porque divide, exata e igualmente, o número Dez.
Há cinco sentidos no homem: (visão, audição, olfato, gustação e tato).
O nome de Deus no mundo padrão é expresso com cinco letras (Eloim).
O nome do filho de Deus possui cinco letras (Jesus).
O Número 6 (seis) compõe-se sob o ponto de vista hermético, de Água vaporizada pelo Fogo, ou de Água ígnea, isto é, o fluido vital carregado energias ativas.
Essa união do Fogo e da Água é representada graficamente por uma figura muito conhecida por Signo de Salomão. Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é feminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardor que se eleva da própria personalidade; o segundo, representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalho depositado pela unidade através do espaço.
A estrela entrelaçada de seis pontas corresponde ao Macrocosmo, isto é, do mundo em toda a sua extensão infinita.
O número Seis é também chamado o número do homem, porque o homem foi criado no sexto dia.
Há seis diferenças de posição: acima, abaixo, à frente, atrás, direito e esquerdo.
Uma figura sólida, de uma coisa quadrada, tem Seis superfícies.
PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
SITES:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
www.cavaleirostemplariosbhmg.blogspot.com
Um, o ponto sem dimensões, é, porém, o gerador abstrato de todas as formas imagináveis. È o nada contendo o todo em potência, o criador.
Dois, a linha, nada mais é que Um, o ponto em movimento, portanto a ação, a irradiação, a expansão ou emanação criadora, o verbo ou o trabalho.
Três, a superfície, apresenta-se como o plano em que se precisam as intenções, em que o ideal se determina e se fixa.
O Número 4 (quatro), o sólido ou mais especialmente, o cubo, mostra a obra realizada.
O Círculo (unidade), a Cruz (o binário), o Triângulo (o ternário) e o quadrado (o quaternário), produzem uma série de ideogramas, cujo sentido se revela pela análise elementos componentes.
Quatro representa a terra, ela foi criada no quarto dia. A figura de um quadrado significa solidez.
Pitágoras ensinava que Dez engendra Quatro, pois que ... 1+2+3+4=10, graficamente figurado pelo triângulo encerrando dez pontos dispostos por 1, 2, 3, 4.
O grande nome da Trindade Divina de Deus, o Ser dos Seres, o Ser em si, Aquele que é, encontra-se representado na Bíblia por Quatro letras, que formam a Palavra Sagrada, cuja pronúncia é proibida (Yod, He, Vau, He).
Yod, a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto sagrado. É apenas uma vírgula, na qual se quis ver o gerador masculino, ou melhor, o sêmen paterno que engendra a criança. Simboliza o fogo realizador (Archeu).
He, segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro que, saindo do interior, se espalha em derredor. Simboliza a vida emanando de Yod.
Vau, cuja função em hebraico é a mesma de nossa consoante e. É o símbolo que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao coletivo geral ou universal. É a relação da causa e efeito.
He, que se repete no final do Tetragrama, para exprimir o resultado final da atividade. É a criação em via de realização.
Os espíritos superficiais só se interessam pela obra realizada, pois são incapazes da cogitação do efeito e da causa que, naturalmente, implica na manifestação do quaternário, resultante de toda e qualquer ação:
1º - Princípio ativo (Sujeito);
2º - Atividade desenvolvida por esse princípio (Verbo);
3º - Aplicação da atividade, que se regula e se adapta conforme o objetivo;
4º - Resultado produzido (Objeto).
Há Quatro graus na natureza: ser, viver, sentir e compreender.
Há Quatro movimentos na natureza: ascendente, descendente, circular e para frente.
Há Quatro elementos sob o céu: fogo, ar, água e terra.
Há Quatro estações no ano: verão, inverno, primavera e outono.
Há Quatro virtudes morais: prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Há Quatro animais consagrados: o leão, a águia, o homem e o bezerro.
O Número 5 (cinco) representa a quintessência, que é quando existe o triunfo do homem propriamente dito, domina o animal dentro de si. Cinco se impõe a Quatro; A Quintessência prevalece sobre o quaternário dos elementos (terra, água, ar e fogo).
Chegado à perfeição, o homem-tipo será exaltado sobre a cruz, para realizar o mistério da redenção. A Razão (Logos ou Verbo) resplandece nele, remediando o obscurecimento do instinto causado pela queda. O estado de espiritualidade, de iluminação, é atingido; as trevas interiores são dissipadas e é, então, que o Astro Humano, a Estrela Flamejante, a estrela de cinco pontas brilha em todo seu esplendor.
A Estrela Flamejante, o Pentagrama, não possui o poder iluminativo igual ao Sol, sua luz é suave, não tem irradiações resplandecentes e é facilmente suportada. A Estrela Flamejante corresponde ao Microcosmo humano, isto é, ao homem considerado como um mundo em miniatura. Ela se condensa numa espécie de nimbo que foi comparado a uma flor desabrochada, representada por uma rosa de cinco pétalas.
Símbolo da quintessência, portanto, daquilo que o homem tem de mais puro e elevado, a rosa é unida à Cruz, num ambiente de pura espiritualidade, a respeito do qual é muito cedo, ainda, para se explanar aqui.
Cinco é o número do jovem, é exatamente, o meio do número universal que é Dez. è chamado pelos Pitagóricos de número da justiça, porque divide, exata e igualmente, o número Dez.
Há cinco sentidos no homem: (visão, audição, olfato, gustação e tato).
O nome de Deus no mundo padrão é expresso com cinco letras (Eloim).
O nome do filho de Deus possui cinco letras (Jesus).
O Número 6 (seis) compõe-se sob o ponto de vista hermético, de Água vaporizada pelo Fogo, ou de Água ígnea, isto é, o fluido vital carregado energias ativas.
Essa união do Fogo e da Água é representada graficamente por uma figura muito conhecida por Signo de Salomão. Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é feminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardor que se eleva da própria personalidade; o segundo, representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalho depositado pela unidade através do espaço.
A estrela entrelaçada de seis pontas corresponde ao Macrocosmo, isto é, do mundo em toda a sua extensão infinita.
O número Seis é também chamado o número do homem, porque o homem foi criado no sexto dia.
Há seis diferenças de posição: acima, abaixo, à frente, atrás, direito e esquerdo.
Uma figura sólida, de uma coisa quadrada, tem Seis superfícies.
PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
CONHECIMENTO E SABEDORIA
Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre Conhecimento e Sabedoria.
O mestre disse-lhes:
Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos vinte grãos de feijão, dez em cada pé.
Subam, em seguida, a montanha que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos.
No dia seguinte os jovens discípulos começaram a subir o monte.
Lá pela metade um deles estava padecendo de grande sofrimento: seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito.
O outro subia naturalmente a montanha.
Quando chegaram ao topo, um estava com o semblante marcado pela dor; o outro, sorridente.
Então, o que mais sofreu durante a subida perguntou ao colega:
- Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?
O companheiro respondeu:
- Meu caro colega: ontem à noite cozinhei os vinte grãos de feijão.
É comum que se confunda Conhecimento com Sabedoria, mas essas são coisas bem diferentes.
Se prestarmos atenção, podemos verificar que a diferença é clara e visível.
O Conhecimento é o somatório das informações que adquirimos, é a base daquilo que chamamos de Cultura.
Podemos adquirir Conhecimento sem sequer vivermos uma experiência fora dos livros e das aulas teóricas.
Podemos nos tornar Cultos sem sairmos da reclusão de uma biblioteca.
Já a Sabedoria, por outro lado, é o reflexo da vivência, na prática, quer pela experimentação, quer pela observação, da utilização dos conhecimentos previamente adquiridos.
Para ser Sábio é preciso viver, experimentar, ousar, ponderar, amar, respeitar, ver e ouvir a própria vida.
É preciso buscar, sim, o conhecimento, a informação.
Deve-se atentar para não se tornar alguém fechado em si mesmo e no próprio processo de aprendizado.
Fazer isso é o mesmo que iniciar uma viagem e se encantar tanto com a estrada a ponto de se esquecer para onde se está indo.
E isso não parece ser uma atitude muito sábia.
Então, sejamos Sábios: vivamos, amemos e compartilhemos o que há em nossos corações!
E que saibamos cozinhar nossos feijões!...
(Desculpem-me: não anotei o autor)
O mestre disse-lhes:
Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos vinte grãos de feijão, dez em cada pé.
Subam, em seguida, a montanha que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos.
No dia seguinte os jovens discípulos começaram a subir o monte.
Lá pela metade um deles estava padecendo de grande sofrimento: seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito.
O outro subia naturalmente a montanha.
Quando chegaram ao topo, um estava com o semblante marcado pela dor; o outro, sorridente.
Então, o que mais sofreu durante a subida perguntou ao colega:
- Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?
O companheiro respondeu:
- Meu caro colega: ontem à noite cozinhei os vinte grãos de feijão.
É comum que se confunda Conhecimento com Sabedoria, mas essas são coisas bem diferentes.
Se prestarmos atenção, podemos verificar que a diferença é clara e visível.
O Conhecimento é o somatório das informações que adquirimos, é a base daquilo que chamamos de Cultura.
Podemos adquirir Conhecimento sem sequer vivermos uma experiência fora dos livros e das aulas teóricas.
Podemos nos tornar Cultos sem sairmos da reclusão de uma biblioteca.
Já a Sabedoria, por outro lado, é o reflexo da vivência, na prática, quer pela experimentação, quer pela observação, da utilização dos conhecimentos previamente adquiridos.
Para ser Sábio é preciso viver, experimentar, ousar, ponderar, amar, respeitar, ver e ouvir a própria vida.
É preciso buscar, sim, o conhecimento, a informação.
Deve-se atentar para não se tornar alguém fechado em si mesmo e no próprio processo de aprendizado.
Fazer isso é o mesmo que iniciar uma viagem e se encantar tanto com a estrada a ponto de se esquecer para onde se está indo.
E isso não parece ser uma atitude muito sábia.
Então, sejamos Sábios: vivamos, amemos e compartilhemos o que há em nossos corações!
E que saibamos cozinhar nossos feijões!...
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
OS NÚMEROS (1ª PARTE)
O emprego dos números, sobretudo, de alguns números, em todos os monumentos conhecidos, é muito freqüente, para que se creia que só o acaso os tenha produzido. E, nesse ponto, a História vem em nosso auxílio.
Todos os povos da antiguidade fizeram uso emblemático dos números e das fórmulas, e, em geral, do número e da medida. Todos os povos tiveram um sistema numérico, ligado intimamente à religião e ao culto. E este fato é o resultado da idéia que, então, se fazia do mundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a imagem e a revelação.
Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão; enquanto o mundo for uma soma de dimensões.
Há, entretanto, números que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números foram tidos, sempre, como sagrados, pelos antigos, como representando a expressão da ordem e da inteligência das coisas, como exprimindo, mesmo, a própria divindade.
Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são, apenas, um invólucro que cobre o invisível, o imaterial; se as considerarmos, somente, como símbolos dessa imaterialidade, com mais forte razão, os números, concepção, puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (que são as leis da natureza), compreendidas e estudadas neste mundo.
A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceu e empregou a “Ciência dos Números”, e seu simbolismo é em grande parte baseado nesta ciência.
Vemos, pois, que os números se prestam, facilmente, a tornarem-se símbolos, figuras das idéias simples e de suas relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi, sempre, exposta por um sistema numérico e representada por números.
O número 1 (um), a unidade é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas religiosos orientais começaram por um ser primitivo. Conquanto esta abstração não tenha, positivamente, uma existência real, tem, contudo, um lado positivo, que o torna suscetível de uma existência definida: é que os antigos denominavam “Pothos”, isto é, - o desejo ou ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real, - considerado por nós, concreto.
Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com o todo, ela tem o nome de “unidade”.
“Um” é o número do Grande Arquiteto do Universo, a unidade é uma medida comum; fonte e origem de todos os números é o começo de cada conjunto e indivisível, é o começo e o fim de todas as coisas. Existe somente “um” Deus, nos esportes e nas ciências ser o número “um” é o máximo, entre os animais existe apenas um líder em cada bando. Adão foi o primeiro homem, do qual, todos os homens procederam. De um “homem”, Jesus Cristo, existe a regeneração. O nome Divino pode ser expresso por apenas uma letra, “Yod”.
No primeiro dia, Deus criou os céus e a terra, criou a luz e a separou das trevas.
O número 2 (dois) é um número terrível, um número fatídico.
É o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e da contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas, - Aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.
O número “dois” produz confusão, pois ao vermos o número 4 (quatro), ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois pela soma, ou pela multiplicação, o que não se dá, em absoluto, com outro qualquer número.
Ele representa: o Bem e o Mal; A Verdade e a Falsidade; a Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios antagônicos, adversos. Por isso, representava, na antiguidade, o “inimigo”, símbolo da dúvida, quando nos assalta o espírito.
Existiram duas tábuas da lei, que foram passadas a Moisés, que viu a manifestação de Deus por duas vezes.
Cristo possuía duas naturezas, a divina e a humana.
“Dois” é o número da união do espírito com a matéria.
No segundo dia, Deus fez a expansão no meio das águas e separou as que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão.
O número 3 (três) é uma nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número como se dá com a unidade primitiva, é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi, assim, que se formou o número três, que se tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito.
No terceiro dia, Deus juntou as águas debaixo dos céus num lugar e apareceu a porção seca, que ele chamou de Terra e ao ajuntamento das águas chamou Mares. Ele fez a terra produzir erva verde que dava sementes, árvores frutíferas que dava frutos segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra.
A Terra é composta de três elementos: Os minerais, os vegetais e todos os corpos terrestres, que contém os três princípios alquímicos: sal, enxofre e mercúrio.
Há três pessoas em Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), existem três virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade).
Para tudo existem três etapas: começo, meio e fim.
O tempo é medido como: passado, presente e futuro.
A grandeza é medida por: altura, comprimento e largura.
Por três dias Jonas esteve, no ventre de uma baleia, e três dias Cristo ficou na sepultura.
O triângulo é a primeira figura geométrica, ele constituído de três ângulos.
Três é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor).
Três são as qualidades indispensáveis e inseparáveis para os maçons: amor ou sabedoria, vontade e inteligência.
São inseparáveis, pois, o ser dotado, unicamente de “vontade”, sem o sentimento de “amor ou sabedoria” e desprovido de “inteligência” e teremos um bruto.
O ser dotado de “inteligência” e com ausência de “vontade” e “sabedoria ou amor” e teremos o pior dos egoístas.
O ser dotado apenas de “amor ou sabedoria” e com ausência de “vontade e “inteligência” e teremos uma pessoa bondosa e inútil, pois, suas melhores aspirações serão condenadas à esterilidade.
O ternário pode ser sobre:
O movimento diurno do Sol: nascer, zênite e ocaso.
Da Vida: nascimento, existência e morte; mocidade, madureza e velhice.
De Família: pai, mãe e filho.
Da Constituição do Ser: espírito, alma e corpo.
Do Hermetismo: archêo, azoth e hylo.
Da Gnose: princípio, verbo e substância.
Da Cabala Hebraica: keter (coroa), Hockma (sabedoria) e Bin ah (inteligência).
Da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.
Da Trimurti: Brama, Vishnu e Siva; Sat, Chit e Amanda.
Dos “Três Gounas”, ou qualidades inerentes à substância eterna (Maia), na Índia: Tamas (inércia), Rajas (movimento) e Sattya (harmonia).
Do Budismo: Buda (iluminado), Dharma (lei) e Sanga (assembléia de fiéis).
Do Egito: Osíris, Isis e Hórus; Ammon, Mouth e Khons.
Do Sol, no Egito: Hórus (nascer), Rá (zênite) e Osíris (ocaso).
Da Caldéia: Ulomus (luz), Olosurus (fogo) e Elium (chama).
Na Maçonaria: Sabedoria, Força e Beleza (três grandes luzes); três portas do Templo de Salomão, três janelas, o Tetragrama Sagrado IOD-HE-VAU-HE, apesar de ser composto de quatro letras, tem, somente, três diferentes.
PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIO
Todos os povos da antiguidade fizeram uso emblemático dos números e das fórmulas, e, em geral, do número e da medida. Todos os povos tiveram um sistema numérico, ligado intimamente à religião e ao culto. E este fato é o resultado da idéia que, então, se fazia do mundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a imagem e a revelação.
Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão; enquanto o mundo for uma soma de dimensões.
Há, entretanto, números que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números foram tidos, sempre, como sagrados, pelos antigos, como representando a expressão da ordem e da inteligência das coisas, como exprimindo, mesmo, a própria divindade.
Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são, apenas, um invólucro que cobre o invisível, o imaterial; se as considerarmos, somente, como símbolos dessa imaterialidade, com mais forte razão, os números, concepção, puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (que são as leis da natureza), compreendidas e estudadas neste mundo.
A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceu e empregou a “Ciência dos Números”, e seu simbolismo é em grande parte baseado nesta ciência.
Vemos, pois, que os números se prestam, facilmente, a tornarem-se símbolos, figuras das idéias simples e de suas relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi, sempre, exposta por um sistema numérico e representada por números.
O número 1 (um), a unidade é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas religiosos orientais começaram por um ser primitivo. Conquanto esta abstração não tenha, positivamente, uma existência real, tem, contudo, um lado positivo, que o torna suscetível de uma existência definida: é que os antigos denominavam “Pothos”, isto é, - o desejo ou ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real, - considerado por nós, concreto.
Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com o todo, ela tem o nome de “unidade”.
“Um” é o número do Grande Arquiteto do Universo, a unidade é uma medida comum; fonte e origem de todos os números é o começo de cada conjunto e indivisível, é o começo e o fim de todas as coisas. Existe somente “um” Deus, nos esportes e nas ciências ser o número “um” é o máximo, entre os animais existe apenas um líder em cada bando. Adão foi o primeiro homem, do qual, todos os homens procederam. De um “homem”, Jesus Cristo, existe a regeneração. O nome Divino pode ser expresso por apenas uma letra, “Yod”.
No primeiro dia, Deus criou os céus e a terra, criou a luz e a separou das trevas.
O número 2 (dois) é um número terrível, um número fatídico.
É o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e da contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas, - Aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.
O número “dois” produz confusão, pois ao vermos o número 4 (quatro), ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois pela soma, ou pela multiplicação, o que não se dá, em absoluto, com outro qualquer número.
Ele representa: o Bem e o Mal; A Verdade e a Falsidade; a Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios antagônicos, adversos. Por isso, representava, na antiguidade, o “inimigo”, símbolo da dúvida, quando nos assalta o espírito.
Existiram duas tábuas da lei, que foram passadas a Moisés, que viu a manifestação de Deus por duas vezes.
Cristo possuía duas naturezas, a divina e a humana.
“Dois” é o número da união do espírito com a matéria.
No segundo dia, Deus fez a expansão no meio das águas e separou as que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão.
O número 3 (três) é uma nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número como se dá com a unidade primitiva, é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi, assim, que se formou o número três, que se tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito.
No terceiro dia, Deus juntou as águas debaixo dos céus num lugar e apareceu a porção seca, que ele chamou de Terra e ao ajuntamento das águas chamou Mares. Ele fez a terra produzir erva verde que dava sementes, árvores frutíferas que dava frutos segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra.
A Terra é composta de três elementos: Os minerais, os vegetais e todos os corpos terrestres, que contém os três princípios alquímicos: sal, enxofre e mercúrio.
Há três pessoas em Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), existem três virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade).
Para tudo existem três etapas: começo, meio e fim.
O tempo é medido como: passado, presente e futuro.
A grandeza é medida por: altura, comprimento e largura.
Por três dias Jonas esteve, no ventre de uma baleia, e três dias Cristo ficou na sepultura.
O triângulo é a primeira figura geométrica, ele constituído de três ângulos.
Três é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor).
Três são as qualidades indispensáveis e inseparáveis para os maçons: amor ou sabedoria, vontade e inteligência.
São inseparáveis, pois, o ser dotado, unicamente de “vontade”, sem o sentimento de “amor ou sabedoria” e desprovido de “inteligência” e teremos um bruto.
O ser dotado de “inteligência” e com ausência de “vontade” e “sabedoria ou amor” e teremos o pior dos egoístas.
O ser dotado apenas de “amor ou sabedoria” e com ausência de “vontade e “inteligência” e teremos uma pessoa bondosa e inútil, pois, suas melhores aspirações serão condenadas à esterilidade.
O ternário pode ser sobre:
O movimento diurno do Sol: nascer, zênite e ocaso.
Da Vida: nascimento, existência e morte; mocidade, madureza e velhice.
De Família: pai, mãe e filho.
Da Constituição do Ser: espírito, alma e corpo.
Do Hermetismo: archêo, azoth e hylo.
Da Gnose: princípio, verbo e substância.
Da Cabala Hebraica: keter (coroa), Hockma (sabedoria) e Bin ah (inteligência).
Da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.
Da Trimurti: Brama, Vishnu e Siva; Sat, Chit e Amanda.
Dos “Três Gounas”, ou qualidades inerentes à substância eterna (Maia), na Índia: Tamas (inércia), Rajas (movimento) e Sattya (harmonia).
Do Budismo: Buda (iluminado), Dharma (lei) e Sanga (assembléia de fiéis).
Do Egito: Osíris, Isis e Hórus; Ammon, Mouth e Khons.
Do Sol, no Egito: Hórus (nascer), Rá (zênite) e Osíris (ocaso).
Da Caldéia: Ulomus (luz), Olosurus (fogo) e Elium (chama).
Na Maçonaria: Sabedoria, Força e Beleza (três grandes luzes); três portas do Templo de Salomão, três janelas, o Tetragrama Sagrado IOD-HE-VAU-HE, apesar de ser composto de quatro letras, tem, somente, três diferentes.
PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIO
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