segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

OS NÚMEROS (2ª PARTE)

Geometricamente Um representa o ponto; dois a linha; Três, a superfície e Quatro, o sólido, cuja medida é o cubo.
Um, o ponto sem dimensões, é, porém, o gerador abstrato de todas as formas imagináveis. È o nada contendo o todo em potência, o criador.
Dois, a linha, nada mais é que Um, o ponto em movimento, portanto a ação, a irradiação, a expansão ou emanação criadora, o verbo ou o trabalho.
Três, a superfície, apresenta-se como o plano em que se precisam as intenções, em que o ideal se determina e se fixa.
O Número 4 (quatro), o sólido ou mais especialmente, o cubo, mostra a obra realizada.
O Círculo (unidade), a Cruz (o binário), o Triângulo (o ternário) e o quadrado (o quaternário), produzem uma série de ideogramas, cujo sentido se revela pela análise elementos componentes.
Quatro representa a terra, ela foi criada no quarto dia. A figura de um quadrado significa solidez.
Pitágoras ensinava que Dez engendra Quatro, pois que ... 1+2+3+4=10, graficamente figurado pelo triângulo encerrando dez pontos dispostos por 1, 2, 3, 4.
O grande nome da Trindade Divina de Deus, o Ser dos Seres, o Ser em si, Aquele que é, encontra-se representado na Bíblia por Quatro letras, que formam a Palavra Sagrada, cuja pronúncia é proibida (Yod, He, Vau, He).
Yod, a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto sagrado. É apenas uma vírgula, na qual se quis ver o gerador masculino, ou melhor, o sêmen paterno que engendra a criança. Simboliza o fogo realizador (Archeu).
He, segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro que, saindo do interior, se espalha em derredor. Simboliza a vida emanando de Yod.
Vau, cuja função em hebraico é a mesma de nossa consoante e. É o símbolo que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao coletivo geral ou universal. É a relação da causa e efeito.
He, que se repete no final do Tetragrama, para exprimir o resultado final da atividade. É a criação em via de realização.
Os espíritos superficiais só se interessam pela obra realizada, pois são incapazes da cogitação do efeito e da causa que, naturalmente, implica na manifestação do quaternário, resultante de toda e qualquer ação:
1º - Princípio ativo (Sujeito);
2º - Atividade desenvolvida por esse princípio (Verbo);
3º - Aplicação da atividade, que se regula e se adapta conforme o objetivo;
4º - Resultado produzido (Objeto).
Há Quatro graus na natureza: ser, viver, sentir e compreender.
Há Quatro movimentos na natureza: ascendente, descendente, circular e para frente.
Há Quatro elementos sob o céu: fogo, ar, água e terra.
Há Quatro estações no ano: verão, inverno, primavera e outono.
Há Quatro virtudes morais: prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Há Quatro animais consagrados: o leão, a águia, o homem e o bezerro.
O Número 5 (cinco) representa a quintessência, que é quando existe o triunfo do homem propriamente dito, domina o animal dentro de si. Cinco se impõe a Quatro; A Quintessência prevalece sobre o quaternário dos elementos (terra, água, ar e fogo).
Chegado à perfeição, o homem-tipo será exaltado sobre a cruz, para realizar o mistério da redenção. A Razão (Logos ou Verbo) resplandece nele, remediando o obscurecimento do instinto causado pela queda. O estado de espiritualidade, de iluminação, é atingido; as trevas interiores são dissipadas e é, então, que o Astro Humano, a Estrela Flamejante, a estrela de cinco pontas brilha em todo seu esplendor.
A Estrela Flamejante, o Pentagrama, não possui o poder iluminativo igual ao Sol, sua luz é suave, não tem irradiações resplandecentes e é facilmente suportada. A Estrela Flamejante corresponde ao Microcosmo humano, isto é, ao homem considerado como um mundo em miniatura. Ela se condensa numa espécie de nimbo que foi comparado a uma flor desabrochada, representada por uma rosa de cinco pétalas.
Símbolo da quintessência, portanto, daquilo que o homem tem de mais puro e elevado, a rosa é unida à Cruz, num ambiente de pura espiritualidade, a respeito do qual é muito cedo, ainda, para se explanar aqui.
Cinco é o número do jovem, é exatamente, o meio do número universal que é Dez. è chamado pelos Pitagóricos de número da justiça, porque divide, exata e igualmente, o número Dez.
Há cinco sentidos no homem: (visão, audição, olfato, gustação e tato).
O nome de Deus no mundo padrão é expresso com cinco letras (Eloim).
O nome do filho de Deus possui cinco letras (Jesus).
O Número 6 (seis) compõe-se sob o ponto de vista hermético, de Água vaporizada pelo Fogo, ou de Água ígnea, isto é, o fluido vital carregado energias ativas.
Essa união do Fogo e da Água é representada graficamente por uma figura muito conhecida por Signo de Salomão. Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é feminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardor que se eleva da própria personalidade; o segundo, representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalho depositado pela unidade através do espaço.
A estrela entrelaçada de seis pontas corresponde ao Macrocosmo, isto é, do mundo em toda a sua extensão infinita.
O número Seis é também chamado o número do homem, porque o homem foi criado no sexto dia.
Há seis diferenças de posição: acima, abaixo, à frente, atrás, direito e esquerdo.
Uma figura sólida, de uma coisa quadrada, tem Seis superfícies.   

PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

SITES:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
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